Alimentos da quadra junina estão mais caros que a inflação
Junto com a quadra junina, as comidas típicas dessa época são uma tradição. Nos supermercados, a ambientação estimula os consumidores a levar os ingredientes dos pratos doces e salgados como o milho, fubá, dendê e leite condensado.
“É aniversário da minha neta, então a gente faz uma festa. Vale a pena”, conta a dona de casa Socorro Moraes. “Eu acho até que os preços estão razoáveis. Gosto de fazer vatapá. O mais caro é o camarão mesmo”, cita a dona de casa Regina Costa.
Só que nem tudo é festa. Um levantamento do Dieese, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, mostra que esses produtos da mesa junina tiveram aumentos de até 16% em relação ao que era vendido no mesmo período do ano passado. Para se ter uma ideia da discrepância, a inflação nesses últimos 12 meses ficou em pouco mais de 3%.
O Dieese também fez uma lista de preços médios dos pratos prontos que estão sendo vendidos este ano em shoppings e supermercados de Belém. A fatia do bolo de macaxeira ou do bolo podre custa R$ 10. Esse é o mesmo preço cobrado pelos copos de mingaus de tapioca e milho. O tacacá está em média R$ 24 reais a cuia. Já o vatapá R$ 23 reais e a maniçoba R$ 25 a porção.
Kete Baars é cozinheira e também trabalha com buffet junino. Ela conta que o preço cobrado por pessoa aumentou R$ 5 em relação ao ano passado. Pra fidelizar os clientes mantendo a qualidade, o jeito é pesquisar. “Eu fico atrás das promoções. Onde tem um produto mais em conta eu vou lá e compro”, afirma.
