Anvisa autoriza vacina contra chikungunya produzida pelo Instituto Butantan

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Com essa aprovação, o imunizante poderá ser aplicado na população acima dos 18 anos de idade.

Foto: Paulo Pinto / Agência Brasil.

O Instituto Butantan recebeu nesta segunda-feira (14), autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o registro definitivo da vacina contra a febre chikungunya.

O imunizante foi desenvolvido pelo Butantan em parceria com a farmacêutica franco-austríaca Valneva. Com a aprovação, a vacina poderá ser aplicada na população acima dos 18 anos de idade.

Nos Estados Unidos, o imunizante foi testado em 4 mil voluntários de 18 a 65 anos e apresentou um bom perfil de segurança. De acordo com os estudos, 98,9% dos participantes testados produziram anticorpos que neutralizaram o vírus causador da doença.

O imunizante já havia recebido aprovação das agências reguladoras dos EUA e da União Europeia. Agora, é a primeira vacina contra a chikungunya autorizada no Brasil. Os resultados foram publicados na revista científica The Lancet.

Antes de ficar disponível para aplicação, o imunizante precisa de autorização da Anvisa para ser produzido em larga escala e de aprovação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), para que a vacina seja inserida ao Programa Nacional de Imunização.

Chikungunya

A chikungunya é causada por um vírus transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue e a Zika. Em 2023 o Brasil registrou mais de 267 mil casos da doença.

Entre os sintomas da doença estão: febre alta de início súbito e dores intensas nas articulações que podem persistir por semanas ou meses após a doença. Além destes, também podem ocorrer dor de cabeça; fadiga; manchas vermelhas na pele e, em alguns casos, inchaço nas articulações.

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