Brasil deixa ranking dos vinte países com mais crianças não vacinadas

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Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O ano de 2023 marcou um avanço do Brasil na imunização infantil e fez o país deixar o ranking dos 20 países com mais crianças não vacinadas. É o que mostram os dados de um estudo global divulgado nesta segunda-feira (15), pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Ao todo, o levantamento do Unicef e da OMS traz dados de 185 países.A pesquisa revela que o número de crianças que não receberam nenhuma dose da DTP1 (que protege contra difteria, tétano e coqueluche) caiu de 710 mil em 2021 para 103 mil em 2023. Em relação à DTP3, a queda entre os mesmos anos foi de 846 mil para 257 mil. No Brasil a DTP é administrada pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), com o nome de vacina pentavalente.

Em 2021, o Brasil ocupava o sétimo lugar na lista dos países com mais crianças não imunizadas. A saída dessa relação se deveu aos avanços apresentados pelo país na aplicação de 14 dos 16 imunizantes pesquisados.

A chefe de Saúde do Unicef no Brasil, Luciana Phebo, destacou que o comportamento da imunização infantil no país é uma retomada após anos de queda na cobertura de vacinação. Ela ressalta a importância de o país seguir em busca de avanços, inclusive levando a vacinação para fora de unidades de saúde, exclusivamente.

Para Nísia Trindade, ministra da Saúde, esse reconhecimento confirma que o país se destacou positivamente com a retomada das coberturas vacinais.

Situação no mundo

O resultado alcançado pelo Brasil está na contramão do cenário global, onde a cobertura de imunização infantil estagnou em 2023, deixando 2,7 milhões de crianças a mais não vacinadas ou com a imunização incompleta, em comparação com os níveis pré-pandemia de 2019.

Fechar a lacuna de imunização requer um esforço global, com governos, parceiros e líderes mundiais investindo em cuidados primários de saúde a fim de garantir que todas as crianças sejam vacinadas e a saúde geral fortalecida, disse a diretora executiva do Unicef, Catherine Russell.

 

Com informações de Bruno de Freitas Moura (Agência Brasil).