Em Julho, as passagens intermunicipais e interestaduais apresentam aumento nos preços, segundo o Dieese

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várias pessoas em uma rodoviária
Foto: Rodrigo Pinheiro / Agência Pará

O mês de julho já chegou e, como tradição, é a hora de escolher o lugar  para visitar durante as férias de verão. Mas os veranistas que não se planejaram ainda, podem acabar encontrando vários desafios. De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), quem pretende sair de Belém deve encontrar passagens mais caras.

O reajuste de  9,05% está em vigor desde o dia 15 de maio de 2023. Neste ano, a pesquisa tem como ponto de partida o deslocamento do Terminal Rodoviário da capital paraense para os principais destinos municipais e até de outros Estados. Envolvendo todos os meios de transportes disponíveis: aéreo, rodoviário, marítimo ou veículo particular.

“Não tivemos um grande ajuste. Mas claro que haverá um aumento. Nesse período, é comum apresentarmos passagens mais caras. Justamente por investirmos em nossa frota de ônibus. Com a alta demanda, é nossa obrigação elevar os nossos serviços, e isso custa caro. Ou seja, a gente não aumenta do nada, primeiro garantimos um conforto maior para os nossos passageiros. É um investimento para viajar com qualidade.”, afirma Francisco Costa, gerente de vendas da linha Satélite Norte.

Opinião que o auxiliar administrativo, João Mendes, faz questão de discordar. “Eu viajo com frequência e todos os anos acontece o mesmo nesse período, um reajuste absurdo nos preços, quase o dobro do comum. Eles simplesmente aproveitam a demanda para lucrar e metem a mão no bolso do trabalhador. E o pior, sem oferecer qualquer tipo de conforto a mais. Eu acho um desrespeito.”, opina. 

Já os gastos com transporte aéreo podem chegar a quase 20,00% a mais em comparação ao ano passado, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor - IPCA/IBGE.


De Belém para o interior do Pará

 

  • Belém - Abaetetuba: R$ 34,50
  • Belém - Barcarena: R$ 25
  • Belém - Bragança: R$ 78Belém - Cametá: R$ 95 (incluso a travessia)
  • Belém - Capanema: R$ 59
  • Belém - Castanhal: R$ 15 
  • Belém - Colares: R$ 35
  • Belém - Marudá: R$ 55
  • Belém - Mosqueiro: R$ 6,40 (Urbano) e R$ 15 (Intermunicipal) 
  • Belém - Marabá: R$ 168
  • Belém - Mocajuba: R$ 89
  • Belém - Paragominas: R$ 100
  • Belém - Salinópolis: R$ 78
  • Belém - São Caetano de Odivelas: R$ 32
  • Belém - Tucuruí: R$ 147
  • Belém - Vigia: R$ 28

Quem for de ônibus para outros estados pode chegar a pagar mais de R$ 500.2

  • Belém - São Luís–MA: R$ 245
  • Belém - Brasília–DF: R$ 420
  • Belém - Fortaleza–CE: R$ 600 
  • Belém - São Paulo–SP: R$ 720 
  • Belém - Rio de Janeiro–RJ: R$ 790

Uma alternativa é antecipar a viagem, aproveitando o período ainda sem grandes movimentos nos terminais. “Eu tentei me planejar ao máximo para conseguir aproveitar as minhas férias com um preço acessível. Mas ainda sim, achei as passagens caras. A minha única alternativa foi viajar antes de julho, fui antes para Góias. Agora, o meu medo está na volta. Tenho certeza de que os preços vão estar absurdos, mas eu vou dar um jeito”, expõe João Mendes.

Com relação ao transporte, apenas a linha urbana para a Mosqueiro (gerenciada pela Prefeitura de Belém) mantém o valor em relação ao período homólogo, custando atualmente R$ 6,40. Já no caso das cooperativas de transporte de passageiros para a ilha, o custo atual gira em torno de R$ 15,00.

Além dos transportes rodoviários intermunicipais e interestaduais, o Dieese aponta que os preços dos transportes fluviais, cobrados com saídas a partir do Terminal Hidroviário de Belém, atualmente, gira em torno de R$ 60,00 (sem as taxas) para os destinos como Soure, Salvaterra e Ponta de Pedras.

Se for de carro, aqueça o bolso.


Já para aqueles que vão optar por viajar utilizando o próprio veículo neste veraneio, é bom ficar atento aos custos de manutenção, que também apresentam um valor mais elevado se comparado ao ano de 2023. A preparação inclui investir em serviços de revisão veicular, como troca de óleo, pneus, alinhamento e balanceamento, que estão até 15% mais caros do que no ano passado, segundo Dieese.

Os preços dos combustíveis neste ano também apresentaram um aumento significativo, se comparados ao período homólogo. De acordo com as pesquisas da Agência Nacional de Petróleo (ANP), a média do litro da gasolina comum estava sendo comercializada em Belém a R$ 5,99, o que significa um aumento de 17,2%.

Já o litro do Óleo Diesel (S-10), chegou a apresentar um aumento de 26,5%, chegando a custar em média 6,49%, com o menor preço encontrado a R$ 4,29. Na pesquisa, apenas o Etanol ficou mais barato. Na primeira quinzena de junho deste ano, o litro do produto foi comercializado a R$ 4,29, quase 9,00% mais em conta em comparação com últimos 12 meses.