Alessandra Korap, retratada na obra, é uma das principais lideranças do povo Munduruku, do Médio Tapajós, no Pará, se destacando pelas denúncias contra a destruição da Amazônia.
Foto: Reprodução / Instagram (@alessandra_korap)
Foi inaugurado na cidade de São Paulo um mural com cerca de 1,5 mil m² com imagens que denunciam a destruição ambiental e cobram ações concretas contra o desmatamento. Entre as figuras retratas está Alessandra Korap, uma das principais lideranças do povo Munduruku, do Médio Tapajós, no Pará.
Alessandra é conhecida pela atuação na defesa do meio ambiente e na luta pelos direitos indígenas, destacando-se pelas denúncias contra grandes corporações que contribuem para a destruição da Amazônia.
As imagens foram pintadas utilizando cinzas de biomas brasileiros em perigo, como a floresta amazônica, o Cerrado, a Mata Atlântica e o Pantanal. Além das cinzas, foram usadas lama de enchentes no Rio Grande do Sul e outros materiais orgânicos, simbolizando os impactos das mudanças climáticas e da destruição ambiental.
Com a união da arte e do ativismo, o mural é um símbolo do “artivismo”, para alertar sobre a emergência climática global, o maior desafio da humanidade, disse Mundano, um dos artistas envolvidos na criação do trabalho.
Para Alessandra Korap, retratada na obra, o mural é um pedido de basta à destruição ambiental que está ameaçando as nossas florestas e as futuras gerações, ressaltando a esperança de que a imagem desperte nas pessoas a consciência de que são parte da natureza e que devem lutar contra destruição.
Localizado em um prédio com vista para a Avenida Brigadeiro Luís Antônio, a duas quadras da Avenida Paulista, o mural foi realizado em parceria com a Campanha Burning Legacy da Stand.earth. Com mais de 30 metros de altura e 48 de largura a obra e uma das maiores da capital paulista e busca não só chamar a atenção para a crise ambiental no país, mas também enviar uma mensagem internacional de responsabilidade e ação climática.
