Filme “Esse Rio é Minha Rua” aborda a importância dos povos ribeirinhos amazônicos
Diretamente ligada ao modo de vida sustentável e preservação da floresta amazônica, a cultura e as tradições ribeirinhas se encontram em ameaça devido a modernização das cidades e a exploração predatória dos recursos naturais. Sob esse ponto de vista, o filme documentário “Esse Rio é Minha Rua”, da diretora e roteirista Zena Gorayeb, mergulha no cotidiano de uma família ribeirinha tradicional da Ilha das Onças, no Pará.

A obra mostra como é viver sustentavelmente em uma comunidade, sem energia elétrica e saneamento básico, e como a valorização dos povos ribeirinhos pode contribuir para a conservação da Amazônia. Tendo a “Casa Iguatu” como ponto de partida, a produção “Esse Rio é Minha Rua” mostra a luta diária enfrentada por algumas populações ribeirinhas amazônicas, além da necessidade e a importância de preservar o meio ambiente. Ao fazer isso, o filme busca inspirar as pessoas a fazer reflexões sobre a convivência harmoniosa com a natureza e o papel vital que essas comunidades desempenham na manutenção dos ecossistemas florestais, além de servir como uma ferramenta de educação e sensibilização sobre o assunto.
Localizada na baía do Guajará, no município de Barcarena, a “Casa Iguatu”, antiga “Casa do Celso”, é parada de diversos turistas e praticantes de esportes náuticos não-motorizados. Ligada geograficamente e economicamente ao município de Belém e tipicamente ribeirinha, o local é um ponto turístico e preservado em plena Amazônia.
Com agendamento prévio, o produtor de açaí e anfitrião da “Casa Iguatu”, Celso de Jesus, recebe grupos de remadores e visitantes com café da manhã ribeirinho e oferece uma vivência de floresta e sustentabilidade pela casa. Completamente de madeira, estilo palafita, o abastecimento de água da casa é feito por um sistema de captação de água da chuva, os banheiros são ecológicos e a energia elétrica é garantida apenas por meio de placas solares, porém ainda de forma reduzida.
O filme tem previsão de lançamento para 2025 e chega em um momento em que o mundo volta o olhar para a Amazônia e suas populações, visto que Belém será palco mundial das discussões climáticas durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), em novembro de 2025. Além de ajudar a preservar e difundir as tradições amazônicas, a obra tem o intuito de ajudar a fortalecer a identidade cultural das populações ribeirinhas, mostrando ao mundo o valor dos conhecimentos ancestrais.
Em fase de conclusão, o projeto já está com pesquisa e roteiro prontos. O filme documentário é contemplado pelo Edital 007/2023 de Fomento ao Audiovisual da Lei Paulo Gustavo, na categoria Desenvolvimento de Longa - metragem Documentário, realizado ainda pela Fundação Cultural do Município de Belém (FUMBEL), Prefeitura Municipal de Belém, Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura MINC e com apoio da Fundação Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa FADESP.
Pesquisa Científica e Turismo de Base Sustentável - A “Casa Iguatu” é ainda objeto de pesquisa de Natália Costa, pesquisadora da Universidade Federal do Pará (UFPA), que estuda Comunicação, Cultura e Socialidades na Amazônia.
Com base na pesquisa de Natália, que discute o local como um espaço de valorização e manifestação da cultura amazônica, a Casa Iguatu pode servir como uma referência de casa para outros lugares nas ilhas, não somente ribeirinha pelos costumes que se tem lá, mas pela visão que o núcleo familiar tem. Além disso, diversos outros projetos de tecnologia sustentável são desenvolvidos no espaço.
Ficha Técnica:
Direção: Zena Gorayeb
Roteiro: Zena Gorayeb e Robson Fonseca
Direção de Fotografia: Robson Fonseca
Produção: Gustavo Vidal
Edição: Robson Fonseca
Fotografia: Murilo Paiva
Trilha Sonora: Bernardo Onça
Assessoria de Imprensa: Ruy Montalvão
Educadora Ambiental: Samantha Chaar
Serviço:
Filme: “Esse Rio é Minha Rua”
Previsão de Lançamento: 2025
Redes Sociais: www.instagram.com/zenagorayeb