Novo esquema vacinal contra a paralisia infantil não terá mais gotinhas

Em 2025, um novo esquema vacinal passa a valer para prevenir os casos de poliomielite, também conhecida como paralisia infantil. A partir deste ano, crianças de dois meses, quatro meses e seis meses receberão exclusivamente a vacina injetável, deixando de receber as populares gotinhas, que saíram do calendário de vacinação infantil brasileiro em novembro de 2024. Além disso, crianças com 15 meses de vida também passam a receber uma dose injetável de reforço.
Segundo o Ministério da Saúde, a mudança é baseada em evidências científicas e recomendações internacionais, à medida que a vacina oral poliomielite (VOP), “gotinha”, contém o vírus enfraquecido e, quando utilizada em meio a condições sanitárias ruins, pode levar a casos da doença derivados da vacina. Conforme orientações, a VOP será utilizada apenas para controle de surtos.
Com o novo esquema vacinal, a segunda dose de reforço, que era aplicado aos quatro anos de idade, não se faz mais necessária, visto que o sistema de quatro doses já garante a proteção das crianças contra a poliomielite.
Sobre a doença
A Poliomielite, chamada também de paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda, que é causada por um vírus que pode infectar crianças e adultos e a vacinação é a única forma de prevenção.
A contaminação ocorre por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes e, em casos graves, pode acarretar paralisia, principalmente dos membros inferiores.
Fatores como a falta de saneamento, más condições habitacionais e higiene pessoal precária, são os que mais favorecem a transmissão do poliovírus, causador de poliomielite. Embora ocorra com maior frequência em crianças, a doença também pode ocorrer em adultos que não foram imunizados
As sequelas estão relacionadas com a infecção da medula e do cérebro pelo poliovírus, sendo as principais sequelas: problemas e dores nas articulações; pé equino, em que a pessoa não consegue andar porque o calcanhar não encosta no chão; crescimento diferente das pernas; osteoporose; paralisia de uma das pernas; paralisia dos músculos da fala e da deglutição; dificuldade na fala; atrofia muscular e hipersensibilidade ao toque.
Texto elaborado com informações da Agência Brasil e do Ministério da Saúde