Um levantamento realizado pela WaterFilterGuru, empresa especializada em controle de qualidade da água nos EUA, demonstrou que uma única garrafa reutilizável pode carregar mais microrganismos que podem oferecer riscos à saúde do que se pode imaginar.
O estudo comparou o nível de contaminação de uma garrafinha com uma série de outros objetos que, a princípio, parecem muito mais sujos, como os assentos de vasos sanitários e os vasilhames usados na alimentação dos pets.
Nas garrafas d´água, por exemplo, os pesquisadores encontraram cerca de 20,8 milhões de Unidades de Formação de Colônias (UFCs), medida que indica o número de micróbios viáveis, capazes de formar colônias em uma determinada superfície.
Já nos assentos sanitários a média foi de 515 UFCs, ou 40 mil vezes menos bactérias que na garrafa. Os números também foram significativamente menores no pote de ração de animais de estimação (1,4 milhão UFCs, em média), no mouse de computador (4 milhões) e na pia da cozinha (11 milhões).
HIGIENE
Os dados levantados chamam a atenção para a importância da higiene adequada das garrafas, pois se não forem limpos esses recipientes podem acumular muitos micro-organismos, como bactérias e fungos, causadores de doenças.
De acordo com microbiologista Jorge Timenetsky, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), o risco de contaminação é maior em crianças, idosos ou em indivíduos com algum comprometimento do sistema imunológico.
A limpeza das garrafinhas deve ser feita diariamente, sempre após o uso, com água e sabão. Depois, é só deixar secá-la por um tempo antes de enchê-la com água novamente para uso.
Além disso, é importante não compartilhar o objeto com outras pessoas e nem o usar para carregar outros líquidos, como sucos, isotônicos e refrigerantes, pois eles carregam nutrientes capazes de "turbinar" as colônias de micróbios, acrescentou Timenetsky.
Com informações da BBC Brasil
