Primeiro tratamento para leucemia com células imunes derivadas do cordão umbilical será testado no Brasil

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O Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, recebeu a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar os testes clínicos de um estudo pioneiro no Brasil: o uso de células imunes derivadas de cordão umbilical para o tratamento da leucemia.

A iniciativa faz parte do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), uma colaboração entre o Ministério da Saúde e hospitais filantrópicos de referência voltada para a capacitação e gestão, além do desenvolvimento de pesquisas e projetos de assistência no SUS.

Primeiro tratamento para leucemia com células imunes derivadas do cordão umbilical
Foto: Reprodução

O tratamento será direcionado a casos de leucemia mieloide aguda (LMA), o tipo mais comum e agressivo de leucemia em adultos, e tem como método a utilização de células do sistema imune chamadas de “natural killers” (NK), extraídas de cordões umbilicais.

Os testes serão realizados em pacientes com 18 anos ou mais que já tenham realizado pelo menos duas linhas de tratamento anteriormente, mas que não obtiveram resultado positivo, como casos em que fizeram quimioterapia sem resposta ou porque a doença voltou após um transplante.

Nesta fase inicial do estudo, o foco principal é comprovar a segurança do método. Segundo Nelson Hamerschlak, hematologista e coordenador do Programa de Hematologia e Transplantes de Medula Óssea do Einstein, as NK são um tipo de célula de defesa com a capacidade de atacar tumores. O estudo busca saber se essas células são efetivas em tratar o tumor, ou se ao menos levam a doença em parte à remissão para que o paciente consiga ser submetido a outro transplante.

 

Com informações do Centro de Oncologia e Hematologia Einstein / Notícias de Saúde.