O governo do Pará lançou na quarta-feira (18) o Plano Estadual de Ações de Combate à Estiagem, Queimadas e Incêndios Florestais (PAEINF 2024).
O objetivo da medida é promover o socorro, resgate e salvamento de vítimas, recuperação de serviços essenciais, e assistência e logística humanitária para reduzir danos e prejuízos causados pelas secas e pelos incêndios no estado.
As regiões mais afetadas pela seca e pelas queimadas são: Araguaia, Baixo Amazonas, Carajás, Guajará, Guamá, Lago de Tucuruí, Marajó, Rio Caeté, Rio Capim, Tapajós, Tocantins e Xingu.
“O aumento dos focos de queimadas é alarmante, com um crescimento de 110% em comparação a 2023, passando de 3.599 para 7.565 áreas afetadas. Estamos mobilizando 24 viaturas, 180 bombeiros e 15 frentes de combate, além de helicópteros e caminhões-tanque para enfrentar essa situação", explicou o governador Helder Barbalho, no lançamento do Plano.
Entre as ações previstas no PAEINF estão: a Implantação da Sala de Monitoramentos de Informações de Desastres (SIMD); a Implantação e Estruturação do Boletim de Informações Queimadas e Incêndio florestal (BolMeQ); o Mapeamento de Área de Focos de Calor; Vistorias em áreas de Focos de queimadas; Assessoramento municipal em Situação de Emergência por estiagem e incêndio florestal; Acompanhamento das decretações de Situações de Emergência ou Estado de Calamidade Pública no Sistema Informação de Desastres do Pará (SiD-Pará); Mobilização da Secretaria de Proteção e Defesa Civil em Situação de Emergência e Calamidade Pública, a Operação Fênix 2024, um Curso de Combate a Incêndio Florestal na Amazônia CCIFA 2024 e a Instrução de Nivelamento de Conhecimento (INC) Florestal.
Estado de emergência
Na terça-feira (17) o governo decretou situação de emergência ambiental de nível 2 no Pará, ou seja, quando os danos e prejuízos de uma situação emergencial podem ser superadas pelos governos com recursos estaduais e federais.
Assim, o decreto permite que o governo busque recursos para a emergência ambiental das queimadas e da seca severa.
Reunião com o governo federal
Entre as ações de combate às queimadas em nível nacional, está uma reunião marcada entre os governadores e ministros do governo para esta quinta-feira (19) em Brasília. O objetivo é verificar como os estados estão cumprindo as metas de combate aos incêndios em todo o país.
Segundo a Casa Civil, confirmaram presença os governadores Helder Barbalho (Pará), Ronaldo Caiado (Goiás), Mauro Mendes (Mato Grosso), Wilson Lima (Amazonas), Gladson Cameli (Acre), Ibaneis Rocha (Distrito Federal), Eduardo Riedel (Mato Grosso do Sul), Wanderlei Barbosa (Tocantins) e Antonio Denarium (Roraima).
O governador Helder Barbalho disse que vai defender uma ação conjunta entre os estados para o combate à seca severa e às queimadas em áreas críticas, como é o caso da terra indígena Mãe Maria, em Bom Jesus do Tocantins, que já teve 10% da área de floresta queimada.
"Com recursos federais poderíamos deslocar a nossa tropa para as áreas do estado, e desta forma, com esta regulação da estratégia de enfrentamento e apoio das forças nacionais. Solicitaremos apoio com aeronaves, seja com aviões e helicópteros, apoio logístico e de custeio para ampliação da tropa e formação de brigadistas", completou.
Força Nacional
Nesta quarta-feira o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, autorizou o uso da Força Nacional para o combate aos incêndios em seis estados: Pará, Amazonas, Rondônia, Mato Grosso, Roraima e Acre.
A medida foi publicada no Diário Oficial da União e prevê que os profissionais da Força Nacional trabalhem em articulação com os forças locais e estaduais por 90 dias. A quantidade de agentes ainda será definida pelo ministério da justiça.
No Pará os municípios que vão receber agentes da Força Nacional são: Altamira, Itaituba, Jacareacanga, Novo Progresso, Ourilândia do Norte e São Félix do Xingu.
Com informações da SEMAS e da Agência Brasil.
