Obra de Mestre Laurentino é reconhecida como Patrimônio Cultural e Imaterial do Pará
Título concedido pela Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) foi aprovado nesta terça-feira (29).

A Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), aprovou nesta terça-feira (29) o título de Patrimônio Cultural e Imaterial do Pará concedido à obra de Mestre Laurentino. A proposta é do deputado Elias Santiago, reconhecendo a importância do artista para a cultura paraense.
Falecido em 21 de dezembro de 2024, aos 98 anos de idade, Mestre Laurentino nasceu em 1° de janeiro de 1926, em Ponta de Pedras, no arquipélago do Marajó, estado do Pará. Crescido em Belém, onde formou família e ficou reconhecido como o roqueiro mais antigo do Brasil, ele foi compositor e instrumentista.
Considerado um ícone da cena musical do Pará, um dos seus grandes sucessos, a música “Lourinha Americana”, foi gravada por Gilberto Gil e integra até hoje a programação da Rádio Cultura 93,7 FM.Além de Gil, o artista teve algumas de suas composições gravadas por grandes nomes da música nacional, comoOtto, Tom Zé e Mundo Livre S/A.
Relação com Cultura Rede de Comunicação
A carreira de Mestre Laurentino teve forte relação com a Cultura Rede de Comunicação. Em 2011, passou a tocar com “Os Cascudos”, grupo idealizado pelo produtor musical e ex-diretor da Rádio Cultura 93,7 FM, Beto Fares. A banda tinha em sua formação os músicos João Lemos e Camilo Royale (guitarra), Elder Effe (contrabaixo) e Junhão (bateria), todos ligados à nova cena do rock paraense.
Também na Cultura Rede de Comunicação, Laurentino participou de vários projetos como o Terruá Pará e o Festival Cultura de Verão, em cuja 8ª edição se deu o lançamento do primeiro álbum do artista, “Laurentino e os Cascudos”. Gravado em 2014, no estúdio Edgar Proença das emissoras Cultura, o disco foi dirigido por Beto Fares, com produção de João Lemos, e teve as participações de Camilo Royalle na guitarra, Elder Effe no contrabaixo e Ulisses Moreira na bateria.
Em 2018, a obra musical de Mestre Laurentino foi reconhecida como Patrimônio Cultural e Imaterial de Belém, por meio da Lei Ordinária 9378/2018. Agora, com o título concedido pela Alepa, a importância do legado do artista ganha ainda mais visibilidade no cenário da cultura do Pará.