Pacientes com dermatite atópica terão acesso a tratamento integral no SUS
O Sistema Único de Saúde (SUS) agora conta com tratamento integral para a dermatite atópica, uma condição dermatológica crônica que afeta principalmente crianças. A novidade permite o cuidado completo da doença, desde os estágios iniciais até os casos mais graves.

Com a ampliação, passam a estar disponíveis pelo SUS duas novas pomadas — tacrolimo e furoato de mometasona, além do medicamento oral (metotrexato). O uso do tacrolimo tópico é especialmente importante, já que é um medicamento de alto custo e, até então, com acesso restrito.
Esses novos recursos beneficiam principalmente pessoas que não podem utilizar corticóides ou que não respondem bem aos tratamentos tradicionais. A dermatite atópica causa inflamações na pele, com lesões e coceiras intensas, impactando diretamente a qualidade de vida dos pacientes.
Fernanda De Negri, secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Sectics), afirmou que um dos pontos fundamentais do tratamento é o enfrentamento aos estigmas sociais impostos às pessoas com a doença "Ela acomete, muitas vezes, crianças em idade escolar que podem deixar de ir às aulas por isso.”
É importante destacar que a dermatite atópica não é contagiosa. Trata-se de uma doença genética e crônica, marcada por coceiras intensas, ressecamento e inflamações na pele — principalmente nas dobras do corpo, como cotovelos, joelhos e pescoço. É uma das formas mais comuns de eczema e, apesar de ser mais frequente na infância, também pode surgir na adolescência e na vida adulta.
Como buscar tratamento pelo SUS
Para receber o tratamento pelo SUS, o primeiro passo é procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima. Na UBS, o paciente será avaliado por um profissional de saúde e, se necessário, será encaminhado a um especialista para confirmar o diagnóstico e definir o melhor tratamento.
Com informações da Agência Brasil