13/09/2023 - 17:14
Governo do Estado entrega corda do Círio 2023
A corda foi produzida pela primeira vez no Pará
A corda do Círio, pela primeira vez fabricada no Pará, com malva amazônica, foi entregue nesta quarta-feira (13), pelo governo do Estado à Diretoria da Festa de Nazaré (DFN), em Belém.
Um dos principais símbolos da maior Festividade Nazarena, a corda já está guardada na Estação Padre Luciano Brambilla, da Basílica Santuário, e será vistoriada pela DFN, no dia 23 de setembro.
“A emoção é muito grande. A corda é o Círio na rua, praticamente. É um dos principais ícones. E é o primeiro ano que é feito totalmente aqui no Pará, feito com fibras paraenses. Isso para a gente é muito especial”, comentou o diretor de procissões, Antônio Sousa, que reforçou a necessidade de não a cortar durante a procissão.
A corda foi confeccionada em Castanhal, nordeste paraense, pela Companhia Têxtil de Castanhal (CTC), empresa apoiada pelo governo do Pará, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Mineral e de Energia (Sedeme).
O secretário adjunto da Sedeme, Carlos Ledo, explica que a corda foi produzida a partir da fibra vegetal da planta malva, conhecida por ser mais resistente do que o sisal, usado nas edições anteriores do Círio.
”Malva é uma planta amazônica, cultivada em várias regiões do Pará. Ela é uma planta com fibra resistente, muito mais resistente que a planta sisal, portanto, a corda este ano vai estar 10 % mais resistente. E o melhor, fabricado por mãos paraenses. As famílias envolvidas na produção da matéria prima estão se sentido totalmente inseridas no Círio de Nazaré. Isto para nós é muito gratificante”, afirmou o secretário adjunto.
Mais de uma tonelada de fibra foi usada durante o processo. A corda tem matéria prima regional cultivada por agricultores em mais de vinte municípios entre as Regiões de Integração (RI) Guamá e Guajará, desde o plantio da semente, o cultivo e a colheita final.
O gerente industrial da CTC, Robson Torres, disse que a empresa recebeu a fibra de mais de 100 produtores dos municípios de duas regiões de integração. "Para nós, como empresa, é um orgulho grande. A malva é mais suave e resistente, dando uma sensação mais agradável ao toque das mãos dos romeiros”, explicou.
Para o coordenador de almoxarifado da CTC, Juarez Tavares, a missão de produzir a corda pela primeira vez no Pará é motivo de orgulho. “Acompanhei cada processo de produção desse símbolo de fé e devoção. Nunca tive a oportunidade de ir na corda e tocar nela depois de produzida é muito emocionante. É algo inexplicável”, disse.
A cerimônia de entrega foi dividida em dois momentos no município de Castanhal. O primeiro na sede da CTC, com a presença de diversas autoridades locais, dirigentes e funcionários da companhia têxtil. Na ocasião, houve a celebração de uma benção. Em seguida, a corda seguiu para Belém.
Quem aproveitou a apresentação foi Fátima Pinheiro, que teve a experiência de pegar na corda pela primeira vez. “Antes eu só via pelo canal de televisão. Hoje eu já posso andar, antes eu não podia, tinha um problema de saúde. Hoje eu já estou andando e meu maior sonho era sentir e tocar na corda. Já fiz tudo isso”, revelou.
A corda
A corda tem 800 metros de comprimento e 50 milímetros de diâmetro. Ela é dividida em duas partes iguais de 400 metros para ser usada nas duas maiores e mais conhecidas procissões, o Círio e a Trasladação, já adaptada às estações de metal que auxiliam no traslado das berlindas durante as romarias.
Foto: Bruno Carachesti
Por: Mateus Miranda
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