08/11/2023 - 15:20

Arte das ruas exaltam o saber cultural nos muros de Ananindeua

 

 

 

 

 

 

É difícil andar por Belém e não avistar de longe as inúmeras artes do grafite que ocupam cada vez mais os muros da cidade, e substituem as pichações em residências, estabelecimentos e até patrimônios históricos. E, para garantir esse feito, diversas ações oferecem à população paraense aulas de grafite, como o projeto ‘efeito máximo’, que há mais de vinte anos trabalha na revitalização de espaços livres das áreas de ananindeua e comunidades quilombolas.

Coordenado pelo artista visual Sérvulo Pinheiro, as ações do projeto de grafitagem visam sempre o bem estar social das pessoas que residem no local, e aproveitam para reunir música, capoeira, artes cênicas e carimbó. “A ideia é sempre fazer uma pequena mistura e proporcionar as atividades em formato de oficinas como ferramentas de inclusão social. Eu comecei a minha trajetória a partir dos saberes que herdei do meu pai. E, atualmente, as aulas de grafite (muralismo) são abertas a todos que buscam um espaço livre para se expressar e aprender" explica Sérvulo.

O grafite, assim como outras formas de arte, é capaz de transformar a vida dos artistas locais e abrir portas para as inúmeras oportunidades. De acordo com o artista Jhonny Rocha, “as aulas tem a pegada de desenvolver os talentos dos jovens das comunidades, afinal o grafite é uma fonte de renda muito boa para pessoas que vivem em situações de pobreza. Eu mesmo só tive uma perspectiva de vida maior após alguém me apoiar a conquistar o meu espaço como artista”, pontua.

Outro ponto que se destaca no grafite é a existência da crew, um conjunto de grafiteiros que se reúne para pintar ao mesmo tempo e/ou fazer uso coletivo da marca. Algo recorrente no projeto ‘efeito máximo’, que conta, inclusive, com o apoio financeiro de outros grupos artísticos. “Aqui a arte se caracteriza como uma forma de inclusão social. Eu me inseri justamente para ajudar os jovens a se relacionarem com as pinturas”, afirma Silvio Pinto, artista do ‘Ponto Cultural Metal Arte e Estúdio’.

 

 

 

 

Foto: Efeito máximo

 

 

Por: Gilberto Moura

 

 

 

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