07/04/2022 - 11:40

Bactérias presentes na farinha de mandioca podem causar doenças no estômago

Conheça quais os principais cuidados necessários com a higiene do produto para garantir a boa saúde

 

 

Seja do tipo lavada, de farofa ou a já bem conhecida “baguda”, a farinha de mandioca está entre os alimentos sempre presentes na dieta da população da região Norte do Brasil, principalmente no Amazonas e no Pará. Mas, como todo alimento, não se pode esquecer os cuidados necessários com a boa higiene do produto antes de consumi-lo para se evitar problemas de saúde.

 

A farinha é um desses alimentos que possui muitos contaminantes, justamente pelo seu processo de produção artesanal que acaba favorecendo a contaminação, inclusive a bacteriana.

 

No caso das bactérias, a Helicobacter pylori (mais conhecida como H. pylori), costuma se alojar no estômago, estimulando a inflamação e a ocorrência de sintomas como dor e queimação abdominal, além de aumentar o risco para o desenvolvimento de úlceras e câncer.

 

CUIDADOS
Segundo a nutricionista Fabiana Cortez, todo alimento precisa ser higienizado antes de ser consumido, a fim de se eliminar sujeiras e a contaminação por micro-organismos como as bactérias.

 

"Sempre recomendamos que as farinhas sejam torradas antes do consumo. Esse processo de torra, faz com que se elimine bactérias e uma série de outros contaminantes. A recomendação vale para qualquer tipo de farinha e é necessário que ela seja armazenada em um pote muito bem fechado, para evitar que seja recontaminada", disse a nutricionista.

 

PROBLEMAS NUTRICIONAIS
Ainda de acordo com a especialista, a farinha não é considerada um alimento essencial, por não possuir nenhum nutriente e pelo seu excesso de carboidrato.

 

Mesmo com as críticas por parte dos médicos, o produto continua sendo muito consumido na região Norte. "A farinha tem o potencial de causar muita azia, estufamento abdominal, prisão de ventre, além do mais, as pessoas costumam consumir uma quantidade excessiva de farinha, e ainda fazem farofa e sabemos que no preparo de farofas, é necessária muita
gordura, então é adicionado ainda mais calorias nesse carboidrato", afirmou a nutricionista.

 

Foto: Tiago Gomes/Arquivo

 

Por: Lourival Borges

 

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