25/04/2022 - 10:35

Pipas na fiação elétrica continuam causando transtornos no Pará

Cerca de 1300 interrupções de energia foram causadas por pipas apenas nos primeiros meses de 2022

 

 

Empinar pipa é uma das brincadeiras mais praticadas durante a infância e que, muitas vezes, continua até a fase adulta. Porém, apesar da aparente inofensividade, é uma das que mais trazem transtornos em relação a interrupções de energia - aproximadamente 1300 foram registradas no Pará nos primeiros meses deste ano.

 

Belém é quem lidera o ranking. De janeiro a março, a capital paraense registrou 192 casos de falta de energia elétrica devido ao uso de pipas irregularmente, ou seja, próximo aos fios. Santarém aparece em segundo lugar com 147 registros.

 

Em outras cidades pólos, como Marabá e Castanhal, os números correspondem a 41 e 37, respectivamente. Em função dos altos índices, a Equatorial Pará desenvolve, ao longo dos anos, um trabalho de orientação sobre a brincadeira. Entre as principais recomendações estão: empinar pipas longe de rede elétrica e em locais livres onde não exista nenhum tipo de cabo de energia.

 

Conforme ainda levantamento da distribuidora, até mesmo no período de isolamento, por conta da pandemia causada pela covid-19, os paraenses não deixaram de sofrer com a falta de luz decorrentes das pipas na fiação elétrica. Em 2020, por exemplo, foram 7.993 ocorrências. Em 2021, o número aumentou para 8.959 em todo o Estado.

 

“A interrupção do fornecimento de energia elétrica por conta das pipas ocorre por causa do rompimento dos cabos pelas linhas que usam cerol, também conhecida por chilena. As pipas ficam enroscadas nas redes elétricas podendo provocar desgastes nos fios e levar a curtos-circuitos em dias úmidos. Além disso, a tentativa de resgatar uma pipa enroscada na fiação também pode provocar desligamentos no fornecimento, além de causar vítimas”, alerta o executivo da Área de Segurança, Alex Fernandes.

 

O uso de cerol (mistura de cola, limalha e vidro moído) ou da “linha chilena” é considerado crime penal capitulado nos artigos 129, 132 e 278 do Código Penal Brasileiro, além do artigo 37 da Lei das Contravenções Penais.

 

Além disso, a formulação pode conter limalha de ferro, substância que provoca curtos-circuitos e choques. Esses tipos de linhas também são um risco para ciclistas, motociclistas e a população em geral.

 

Outras orientações que devem ser seguidas:

- Não solte pipas em canteiros centrais de ruas, avenidas, rodovias ou qualquer lugar onde exista fluxo de veículos;

- Linhas metálicas não devem ser usadas no lugar da linha comum. Nunca use cerol ou a linha “chilena”, elas são proibidas por lei e causam acidentes;

- Não utilize papel alumínio na confecção da pipa. É perigoso, pois o material em contato com os fios provoca curto-circuitos;

- Caso a pipa enrosque nos fios, é melhor desistir do brinquedo. Tentar recuperá-la representa sério risco, assim como tentar remover a pipa com canos ou bambus;

- Não solte pipa em tempo nublado, principalmente se estiver com chuva. Ela pode funcionar como para-raios, conduzindo energia;

- Não é indicado subir nas lajes das casas para empinar pipa, qualquer distração pode causar uma queda;

-Tenha cuidado com ciclistas e motociclistas porque as linhas não podem ser vistas e linhas de cerol ou reforçadas podem causar graves acidentes.

 

Imagem: Divulgação

 

Por: Mateus Miranda, com a colaboração da Equatorial Pará

 

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