07/11/2022 - 11:33
Pará e Estados da Amazônia terão destaque na COP27
Pela primeira vez, em 27 anos, o Pará e demais estados da Amazônia vão ter um espaço próprio no Pavilhão Azul, reservado aos países que participam da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2022 (COP-27), entre os dias 6 e 18 de novembro, no Egito. A iniciativa é do Consórcio Interestadual da Amazônia Legal e a região brasileira será o único ente subnacional a ter um pavilhão na Zona Azul, onde normalmente ficam os estandes representando os países.
O espaço, chamado de “hub”, vai receber também o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e sua comitiva, que deve contar com a participação da ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), e com a senadora e ex-candidata à presidência da República, Simone Tebet (MDB). O coordenador da comitiva de governadores da Amazônia Legal é o governador do Pará, Helder Barbalho, que em entrevista neste domingo (6) à Globo News, defendeu a manutenção da floresta em pé, ação que combate o desmatamento, ao ser remunerada por países poluidores como compensação pela emissão de gás carbônico.
Helder Barbalho defende que o programa “Floresta em Pé” seja a nova commodity. “É fundamental que os grandes operadores financeiros globais possam compreender que a floresta em pé precisa ter um valor, ao transformá-la em uma nova commodity global”, argumenta. Segundo ele “é preciso ter a Amazônia em pé como um ativo econômico”. “É possível fazer a monetização da floresta, mantendo o equilíbrio necessário e preservando também as comunidades tradicionais”, explicou o governador.
Para Helder, essa primeira agenda internacional do presidente eleito representa “uma oportunidade de convocar o mundo para debater a Amazônia, a partir da autonomia e da liderança do Brasil, para que seja possível, de forma drástica, reduzir crimes ambientais, desmatamento e emissões de gases de efeito estufa”.
No Brasil, pelo quarto ano seguido, aumentou a emissão de gás carbônico. Foi 1,99 bilhão de toneladas em 2018; 2,15 em 2019; 2,16 em 2020; e 2,42 em 2021. Manter a floresta em pé é essencial para deixar o carbono seguramente armazenado na vegetação e não se tornar CO2 na atmosfera, o que aumentaria o aquecimento global. A Amazônia armazena entre 150 e 200 bilhões de toneladas de carbono. Se não for protegida, a floresta pode deixar de ser um sumidouro para virar um grande emissor de gases de efeito estufa.
O carbono é o principal elemento químico da madeira (com aproximadamente 50% de carbono). Uma fração importante deste carbono é armazenada na biomassa em decomposição na superfície do solo (cascas, folhas e ramos caídos), nas camadas orgânicas e nas frações minerais do solo.
Foto: Divulgação/Agência Pará
Por: Avelina Castro
FUNDAÇÃO PARAENSE DE RADIOFUSÃO - FUNTELPA
Cultura Rede de Comunicação
TV • Rádio • Portal Cultura
Rua dos Pariquis, 3318 - Cremação
Belém - Pará - CEP: 66045-645
CNPJ: 11.953.923/0001-84
Tel.: 4005-7725