08/05/2023 - 14:45

Vacinação contra a paralisia infantil deve ser reforçada no Brasil

Desde 2019 a vacinação de crianças menores de 5 anos de idade vem caindo no país

 

 

A vacinação contra a poliomielite, conhecida como paralisia infantil, será reforçada no Brasil por recomendação do Ministério da Saúde. A medida se deve, principalmente, devido a confirmação de um caso da doença em Loreto, no Peru.

Desde 2019, a vacinação de crianças com menos de 5 anos de idade vem caindo no Brasil, onde nenhum estado atingiu a meta de imunizar mais de 95% do público infantil.

No Pará, segundo a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), apesar dos esforços do governo estadual, as coberturas vacinais da rotina continuam baixas. Com exceção das vacinas BCG e Rotavírus Humano, todas as vacinas do calendário infantil têm meta de 95%. No entanto, em 2022, nenhuma delas alcançou a meta preconizada de cobertura, o que deixa a população mais vulnerável a doenças graves que, inclusive, já estavam eliminadas, como o sarampo e a poliomielite.

Ainda não existe um tratamento específico para a paralisia infantil, sendo a vacinação a medida mais eficaz de prevenção. A pessoa infectada pode desenvolver dores nas articulações, paralisia, dificuldade na fala e atrofia muscular. O caso recente no Peru é de uma criança indígena de 1 ano e 4 meses. Ela não estava vacinada e teve como sequela a paralisia das pernas.

No Brasil, não existem casos da doença desde 1989. Em 1994, o país recebeu da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) a certificação de área livre de circulação do vírus da poliomielite. No entanto, em 2022, a Comissão Regional para a de Certificação da Erradicação da Poliomielite na Região das Américas classificou o Brasil como região de “muito risco” para novos casos da doença.

Foto: Alex Ribeiro / Agência Pará

Por: Lourival Borges

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