10/05/2023 - 14:15
Quinto maior rio do mundo, rio Pará é mapeado pela primeira vez
A expedição percorre 10 municípios paraenses e envolve cientistas da Universidade Federal Rural da Amazônia e de outras sete instituições de pesquisa
Pela primeira vez, pesquisadores estão mapeando o rio Pará, o quinto maior rio do mundo. O trabalho é liderado pela pesquisadora Vania Neu, professora da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) e envolve cientistas de outras
sete instituições de pesquisa, com financiamento do Governo do Estado. A expedição percorre 10 municípios, em um trajeto de quase 900km, de Belém ao município de Breves, no Marajó, passando também pelo rio Tocantins até o município de Baião.
Segundo a pesquisadora, 20% de toda a água doce que chega ao oceano vem da foz do rio Amazonas. Avaliar a contribuição do rio Pará nesse cenário é um dos objetivos do projeto, que inclui também a primeira realização de medições de gases que causam o efeito estufa e contribuem com as mudanças climáticas. Além disso, a pesquisa avalia a qualidade da água e faz o monitoramento de sedimentos e de microplásticos nas águas do Pará, incluindo os efeitos sobre os peixes e camarões.
Ainda de acordo com Vania Neu, os dados também contribuem para previsões futuras do nível de água e correntes, o que pode gerar um sistema de monitoramento para previsão de riscos e desastres para a população do Pará.
O grupo se desloca em um barco laboratório, o percurso da expedição é georreferenciado e a coleta de dados ocorre durante todo o dia, em sete pontos específicos, de acordo com o ciclo da maré.
A primeira expedição já foi realizada, mas estão previstas mais quatro que aguardam o repasse do recurso para continuar. O projeto “Influências dos Processos Hidrodinâmicos sobre as trocas de carbono e nitrogênio no sistema estuarino no rio
Pará” é financiado pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet) e executado pela Fundação Guamá.
Além de pesquisadores de iniciação científica, mestrado e doutorado, o projeto também reúne cientistas da Universidade Federal do Pará (UFPA); Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Universidade de São Paulo (USP); Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa); Museu Emilio Goeldi (MPEG) e Fundação Guamá.
Foto: Divulgação/Arquivo do Projeto
Por: Lourival Borges, com informações do Portal Amazônia
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