15/05/2023 - 11:19
Vacina brasileira contra Covid-19 apresenta bons resultados
A primeira etapa de testes clínicos da vacina brasileira SpiN-Tec contra a Covid-19 tem apresentado resultados positivos. Desenvolvida por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), essa é a primeira vacina 100% nacional, porque não depende de transferência de tecnologia e de importação. Dados preliminares nos testes são exitosos, pois ela não apresentou problemas de segurança com os voluntários, além de revelar potencial para gerar uma resposta imunológica ao vírus causador da doença.
A fase atual, chamada de clínica 1, começou em novembro do ano passado e até março deste ano, a vacina foi aplicada em 36 pessoas, com idade entre 18 e 54 anos. Os dados estão em análise pelos pesquisadores e devem ser apresentados ainda neste mês para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Antes dessa etapa atual, a vacina passou pela fase pré-clínica, quando os testes realizados em animais de laboratório, sem apresentarem efeitos colaterais.
Segundo informações do coordenador dos testes clínicos da vacina, Helton Santiago, que é professor do Departamento de Bioquímica e Imunologia do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG. ao contrário do que ocorreu nos testes das primeiras vacinas contra a covid-19, desta vez o objetivo é testar a eficácia da SpiN-Tec como dose de reforço, pois “seria muito difícil, neste momento, ir atrás dos poucos no Brasil que não foram vacinados com nenhuma dose”. Por essa razão, segundo ele, a estratégia do CT Vacinas da UFMG foi mesmo desenvolver um imunizante que sirva como reforço.
A expectativa é que a fase clínica 2 comece no início de junho com 372 voluntários entre 18 e 85 anos. Eles precisam ter sido vacinados com duas doses iniciais da vacina CoronaVac ou da AstraZeneca, e uma ou duas doses de reforço da Pfizer ou AstraZeneca. Quem tomou a vacina bivalente não pode participar dessa fase. Ter tido covid-19 não é um impeditivo, desde que tenha ocorrido há mais de seis meses. Na fase 2, o foco dos testes é na imunogenicidade, ou seja, verificar o nível de anticorpos gerados e a resposta dos linfócitos na proteção do organismo.
O cronograma prevê o início da fase 3 em dezembro deste ano ou em janeiro de 2024. Até o início de 2025 a vacina pode estar disponível para a população. Os testes contam com investimentos de diferentes fontes: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), da Rede Vírus doMinistério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), da prefeitura de Belo Horizonte e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).
Foto: Acervo pessoal/UFMG
Por: Avelina Castro com informações de Rafael Cardoso/Agência Brasil
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