18/05/2023 - 14:28
Três crianças são abusadas sexualmente a cada uma hora no Brasil
Hoje é o Dia Nacional de Enfrentamento ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes e os dados desses crimes seguem sendo assustadores. A cada uma hora três crianças são abusadas sexualmente no Brasil. Desse total, 51% das vítimas têm de 1 a 5 anos de idade. Os dados são da Campanha Maio Laranja, que visa a conscientizar sobre o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes. A violência, em geral, é cometida por alguém próximo da vítima e quase sempre dentro de casa.
De acordo com especialistas, o abuso sexual de crianças e adolescentes é um tema complexo porque envolve pessoas conhecidas da família, os chamados abusos intrafamiliares. Ou seja, geralmente os abusadores são pessoas da família ou pessoas conhecidas, que ainda que não tenham vínculo consanguíneo, são muito íntimos, como “tios de consideração”, vizinhos, amigos próximos. Na maioria dos casos, essas violências são praticadas dentro do ambiente doméstico.
Anualmente, 500 mil crianças e adolescentes são explorados sexualmente no Brasil. Somente 7,5% dos casos são denunciados, o que indica que os números podem ser maiores. Para identificar quem está sofrendo os abusos, é
preciso ficar atento aos sinais. Entre eles, estão mudanças de comportamento, comportamentos infantis repentinos, silêncio predominante, mudanças súbitas de hábitos, queda no rendimento escolar, traumatismos físicos e comportamentos sexuais.
O Dia Nacional de Enfrentamento ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes busca sensibilizar a sociedade sobre a necessidade de enfrentar essa violência em todos os seus níveis. A data foi instituída em memória da menina Araceli Crespo, que tinha 8 anos quando foi sequestrada, violentada e assassinada no Espírito Santo. Em 2023, o crime completa 50 anos.
Quando crianças são vítimas de qualquer tipo de abuso ou têm seus direitos violados, o Conselho Tutelar é acionado. É o órgão que fiscaliza e aplica as medidas de proteção previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente. Conselheiros e conselheiras estão sempre em contato com as escolas, com os pais e com toda a comunidade para ajudar a identificar casos de violência e garantir a segurança das vítimas.
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Por: Por Avelina Castro com informações de Bruna Sanielle – Repórter da TV Brasil – Brasília
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