Brasil pode ficar inabitável em 50 anos devido ao calor extremo, aponta estudo da Nasa

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mapa de temperatura do brasil
Foto: Oleg Senkov / Shutterstock

Um relatório desenvolvido pela Agência Espacial Americana (Nasa), mapeou as cinco regiões do planeta Terra com risco de se tornarem inabitáveis dentro de 50 anos e apontou o Brasil como um dos países sob esse risco. O estudo, publicado na revista científica Science Advances, aponta o aquecimento global como a razão para esse possível cenário.

A pesquisa foi desenvolvida por meio de dados de satélite, permitindo o mapeamento das áreas mais vulneráveis do planeta, destacando o Brasil como uma das regiões que enfrentarão mudanças climáticas graves.

Segundo a Nasa, o relatório não apenas identifica áreas que se tornarão inabitáveis, mas também aquelas onde a vida poderá deixar de se formar.

Entre as regiões mais afetadas, além do Brasil, estão o sul e sudeste asiático, o Golfo Pérsico, o Mar Vermelho e a China.

Em relação ao Brasil, entre os motivos apontados pela agência para a possível inabitabilidade do país estão: 

- Aumento do nível do mar, devido ao derretimento das geleiras e calotas polares, o que coloca em risco cidades litorâneas como o Rio de Janeiro.

- Eventos climáticos extremos, como ondas de calor, secas prolongadas e furacões;

- Mudanças nos padrões das chuvas, com aumento de áreas mais secas, enquanto outras ficarão mais sujeitas a inundações e erosões do solo;

- Acidificação dos oceanos devido ao aumento de dióxido de carbono na atmosfera, prejudicando a vida marinha;

Ainda segundo a Nasa, todos esses fatores em conjunto, além de serem capazes de levar à extinção de diversas espécies de plantas e animais, desestabilizando ecossistemas inteiros, trazem impactos à saúde humana, com a disseminação de diversas doenças, como as do sistema respiratório, cardiovasculares e infecciosas.

Há, ainda, os impactos socioeconômicos a partir das migrações em massa e conflitos por perda de recursos econômicos. Países em desenvolvimento, como os da África e Ásia, são particularmente mais vulneráveis.