Chega a Altamira a Caravana dos Povos Indígenas, reunindo representantes de nove etnias
Embora a etnorregião de Altamira seja historicamente marcada por desafios de infraestrutura e pressão territorial, ela também se destaca pela organização indígena em defesa de seus territórios. E o Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado dos Povos Indígenas (SEPI), realiza mais uma etapa da Caravana dos Povos Indígenas Rumo à COP30, que visa potencializar essas experiências positivas, integrando-as à agenda global do clima.
A mobilização vai reunir nove povos indígenas: Xipaya, Curuaya, Juruna, Kayapó, Araweté, Arara, Parakanã, Assurini e Xikrin. O objetivo é promover escuta ativa, capacitação e construção coletiva para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em Belém, em novembro.
Com um caráter formativo, político e participativo, a Caravana cria um ambiente para que lideranças indígenas de todas as gerações – jovens, anciãos e mulheres – possam dialogar sobre temas essenciais. Entre eles estão a justiça climática, a governança territorial, o financiamento climático, a adaptação às mudanças do clima, a bioeconomia de base comunitária e a salvaguarda dos saberes ancestrais.
A etnorregião de Altamira é marcada por desafios históricos de infraestrutura e pressão territorial, mas também por experiências de organização indígena em defesa dos territórios. A etapa busca potencializar essas experiências positivas e conectá-las à agenda global do clima.
Segundo a secretária de Estado dos Povos Indígenas, Puyr Tembé, a Caravana é uma construção coletiva que nasce dos territórios. Os povos indígenas do Pará estão tendo a oportunidade de entender a COP30 com base nas suas realidades.
A Caravana dos Povos Indígenas Rumo à COP30 é uma ação inédita que vai percorrer as oito etnorregiões indígenas do Pará, reunindo mais de 50 povos em um processo contínuo de formação e mobilização até novembro.
Com informações da Agência Pará
