Dia do Orgulho Autista: criada há 20 anos, data reforça a importância da luta por direitos das pessoas com TEA

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Hoje, 18 de junho, é celebrado o Dia do Orgulho Autista, data criada há 20 anos no Reino Unido e que visa aumentar a conscientização sobre a neurodiversidade, a luta por direitos e contra preconceitos, reconhecendo as habilidades e talentos únicos das pessoas que fazem parte do Transtorno do Espectro Autista (TEA), em todo o mundo.
 

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Foto: Reprodução / Internet

No Brasil, em 2025, a campanha traz como tema “Informação gera empatia, empatia gera respeito!”, destacando o poder do conhecimento como ferramenta de transformação social.

Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), em todo o mundo existem 2 milhões de pessoas com autismo. No Brasil, são 2,4 milhões de pessoas diagnosticadas com TEA, de acordo com os dados do Censo Demográfico 2022, o primeiro a incluir perguntas sobre o perfil dos autistas.

No país, a prevalência maior é entre os homens (1,5%) do que entre as mulheres (0,9%), com destaque para crianças de 5 a 9 anos que apresentou o percentual de 2,6%.

IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO PRECOCE

Diagnosticar precocemente o TEA é importante para que se inicie o tratamento adequado, permitindo uma melhor evolução dos casos. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, os sintomas de TEA podem ser detectados de maneira consistente entre os 12 e 24 meses de idade.

Assim, quanto mais cedo se dá o diagnóstico, melhores são as respostas porque a habilidade das células nervosas (os neurônios) em formar novas conexões é maior nos primeiros anos de vida, possibilitando até alterar a apresentação e a gravidade do transtorno.

Além disso, o diagnóstico precoce concede proteção jurídica às crianças. Por meio da Lei Berenice Piana (Lei nº 12.764/2012), não apenas é garantido o direito a atendimento médico, mas à inclusão escolar — impondo, por exemplo, multas a escolas que recusarem matrículas de alunos autistas.

AUTISMO

O autismo não é doença, é um transtorno de desenvolvimento que leva a um déficit, em maior ou menor grau, em pelo menos uma das seguintes áreas: interação social, comunicação e comportamento. O TEA não possui causa definida ou conhecida, mas já se sabe que influências genéticas e ambientais, ainda no desenvolvimento do feto, podem estar ligadas ao diagnóstico.