Ministério da Saúde lança protocolo que incorpora procedimentos contra o câncer de mama no SUS

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Na última sexta-feira (06), o Ministério da Saúde lançou o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para câncer de mama, que incluirá ao Sistema Único de Saúde (SUS) cinco procedimentos para serem disponibilizados em centros especializados. Além disso, o protocolo também acrescenta a realização de videolaparoscopia, conhecida também como laparoscopia, que é uma técnica cirúrgica minimamente invasiva que permite aos médicos acessar órgãos internos por meio de pequenas incisões para diagnosticar e tratar doenças da região abdominal ou pélvica.

Ministério da Saúde lança protocolo que incorpora procedimentos contra o câncer de mama no SUS
Foto: Bruno Cecim/ Agência Pará

O novo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas irá possibilitar que o tratamento do câncer de mama passe a ter parâmetros de padronização acessíveis a todas as pessoas que necessitam dele no país. Os novos procedimentos inclusos ao SUS são: inibidores das quinases dependentes de ciclina (CDK) 4 e 6; trastuzumab entansina; supressão ovariana medicamentosa e hormonioterapia parenteral; fator de estimulador de colônia para suporte em esquema de dose densa; e ampliação da neoadjuvância para estádios I a III.

Até o momento, as Diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas (DDT) que norteavam o cuidado com o câncer de mama não se restringiam às tecnologias incorporadas no SUS. Agora, a padronização das alternativas de diagnóstico, tratamento e acompanhamento garante para as pessoas com a doença a orientação de profissionais do SUS e um norte de atendimento com mais qualidade.

Ainda de acordo com o PCDT, a linha de cuidado do paciente com câncer de mama passa a ser totalmente integrada ao Programa Mais Acesso a Especialistas, que tem como objetivo ampliar e qualificar o cuidado e o acesso à Atenção Especializada em Saúde, além de tornar o acesso do paciente às consultas e aos exames especializados o mais rápido possível e com menos burocracia.

Também fica instituído o Protocolo de Acesso às Ofertas de Cuidado Integrado (OCI) na Atenção Especializada em Oncologia. Cada OCI envolverá um conjunto de procedimentos inerentes a uma etapa da linha de cuidado para um agravo específico, com intuito de melhorar o acesso a diagnósticos e consultas. O prazo, que antes era de um ano e seis meses para o início do tratamento da doença, agora passa a ser de 30 dias para o diagnóstico do câncer.

Sobre o câncer de mama no Brasil - Depois do câncer de pele não melanoma, o câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres no Brasil, correspondendo a cerca de 28% dos casos novos de câncer entre elas. A doença também pode afetar os homens, porém é raro e representa menos de 1% do total de casos.

Diagnóstico - O diagnóstico da doença só pode ser dado por um profissional. Caso haja a manifestação de um ou mais sintomas suspeitos de câncer de mama, como o surgimento de nódulo na região, é recomendado que se procure um médico.

Para a investigação, além do exame clínico, também podem ser realizados exames de imagens, como mamografia, ultrassonografia ou ressonância magnética. Porém, a confirmação da doença só é efetivada por meio da biópsia, técnica que consiste na retirada de um fragmento do nódulo ou da lesão suspeita por meio de punções (extração por agulha) ou de uma pequena cirurgia. Após esse procedimento, o material retirado é analisado por um patologista para a definição do diagnóstico.

Confira alguns sintomas de câncer de mama:
  • Aparecimento de nódulo, geralmente indolor, duro e irregular (mas há tumores que são de consistência branda, globosos e bem definidos);
  • Edema cutâneo (na pele), semelhante à casca de laranja;
  • Retração cutânea;
  • Dor;
  • Inversão do mamilo;
  • Hiperemia;
  • Descamação ou ulceração do mamilo;
  • Secreção papilar, especialmente quando é unilateral e espontânea.

 

Fontes: Ag. Brasil e Ministério da Saúde