Morreu na madrugada desta quarta-feira (17), aos 83 anos de idade, o poeta, músico e compositor marajoara, Raimundo Miranda Amaral, conhecido como Mestre Dikinho, um dos ícones da cultura paraense.
De acordo com os familiares, a morte foi causada por complicações do diabetes e da instabilidade da pressão arterial. O sepultamento será nesta quinta-feira (18), às 10h.
Nascido em Soure, no Marajó, Mestre Dikinho se considerava vaqueiro, pescador, poeta e músico. Artisticamente, ele ganhou reconhecimento por suas composições de carimbó, lundu, além dos xotes, das toadas de boi, bossas e sambas-enredos.
Integrante do grupo Tambores do Pacoval há mais de 10 anos, o mestre liderava as rodas de carimbó na Associação de Moradores do Pacoval.
Talentoso também como artesão, Dikinho construiu bois-bumbás e outras alegorias, chegando a levar às ruas de Soure, nos anos de 1990, o boi-bumbá Sete Estrelas, manifestação cultural que conquistou vários concursos, ganhando destaque na região do Marajó.
Nas redes sociais, o falecimento repercutiu entre os artistas, com destaque para Mestre Damasceno, outro grande nome do carimbó, que publicou fotos em seu perfil no Instagram se solidarizando com os amigos e familiares pela perda de mestre Dikinho.
