Segundo o estudo, do total de brasileiros pesquisados, 72% disseram confiar ou confiar muito nas vacinas. Já 8% afirmaram não confiar nos imunizantes.
A pesquisa mostrou também que 90% dos entrevistados consideram as vacinas muito importantes ou importantes para a saúde pessoal, da família e da comunidade. Além disso, 58% dos ouvidos pela pesquisa consideram as vacinas muito eficazes na prevenção de doenças.
Há, entretanto, uma parcela da população que questiona a segurança das vacinas e teme, principalmente, reações e sequelas. Destes, 21% avaliam como alto o risco de reações e 27% diz ter medo de se vacinar por temer efeitos colaterais graves.
Especialistas reforçam o quanto esse medo é prejudicial, se comparado aos benefícios das vacinas. Segundo a médica infectologista e epidemiologista, Luana Araújo, as reações adversas às vacinas são raríssimas e sempre muito menores do que as causadas pelas doenças que as vacinas combatem, ressaltou a especialista.
IMPACTO DAS “FAKE NEWS”
O estudo mostrou, também, o impacto da desinformação nas taxas de vacinação. Entre os entrevistados, 54% disseram que a queda dos índices de vacinação se devem às “fake news”, à falta de esclarecimento sobre as vacinas ou à ignorância.
Apesar disso, o presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Alberto Chebabo, destacou que já é possível observar um aumento nas coberturas vacinais no Brasil a partir de 2023, embora ainda estejam longe do ideal.
O estudo, realizado pela Universidade Santo Amaro, ouviu três mil pessoas de todas as regiões do país, com mais de 18 anos de idade. Esse levantamento pretende ajudar no planejamento de ações e estratégias do Pacto Nacional de Consciência Vacinal, lançado em 2022 pelo Conselho Nacional do Ministério Público.
