Campanha busca apoio para a construção de espaço cultural na Vila da Barca, em Belém
Projeto une sustentabilidade e transformação social em tradicional comunidade periférica de Belém.

Com o objetivo de apoiar a construção do projeto “A Barca – Cultura Amazônica”, que será implantado na Vila da Barca, tradicional comunidade periférica localizada no bairro do Telégrafo, em Belém, uma campanha de financiamento coletivo foi criada na internetem busca doações.
Com projeto arquitetônico sustentável, o espaço será multifuncional abrigando um museu comunitário, galeria de arte, cozinha industrial para capacitação profissional de boieiras, horta orgânica, plataforma flutuante com acesso ao rio, sistema de energia solar, um café/píer com vista para a Baía do Guajará e uma hospedaria coletiva com redário.Além disso, o local servirá como ponto de encontro para oficinas gratuitas, palestras e visitas guiadas à Ilha das Onças, impulsionando o turismo comunitário e a economia local.
O custo total previsto é de R$ 1 milhão, valor que cobre desde a pesquisa de solo à construção, incluindo equipamento e pagamento de pessoal. Para viabilizar os primeiros passos, a campanha solidária tem por meta alcançar R$ 45 mil para cobrir o estudo de solo e as licenças ambientais.
O PROJETO
A ideia surgiu em 2020, a partir de relatos dos moradores da Vila da Barca sobre perdas de memórias importantes, como fotos e documentos. Com isso foi criado o Museu Memorial da Vila da Barca, digitalizando esses registros que estão disponíveis em uma plataforma digital. Segundo Suane Barreirinhas, co-idealizadora do projeto,em 2024 a equipe entendeu que era necessário criar um espaço físico para abrigar o museu e ampliar suas atividades.
De acordo com Thiago Uchôa, engenheiro responsável pela obra, trata-se de um símbolo de resistência e inovação, mostrando como a periferia pode liderar transformações socioambientais por meio da cultura amazônica. O museu terá estrutura elevada sobre palafitas e sua construção usará mão de obra local e materiais sustentáveis, como as madeiras de reflorestamento, ventilação e iluminação naturais e uma fachada inspirada nas embarcações regionais, em homenagem ao nome da comunidade, acrescentou Thiago.