No Píer das Onze Janelas, um dos cartões-postais mais deslumbrantes de Belém, um pôr-do-sol e uma noite dedicados ao Rock: assim mesmo, com "R" maiúsculo. O sábado, 22 de junho, foi marcado pelo Festival Balanço do Rock, realizado pela Cultura Rede de Comunicação e transmitido ao vivo pela TV, rádio e aplicativo.
O Festival trouxe ao palco uma mistura vibrante de bandas consagradas e talentos emergentes. O evento celebrou a rica tradição da cena rock paraense, comenta Rayza Coutinho, vocalista da banda Cout. "Temos rock de todos os tipos sendo feito aqui. Precisamos mostrar, dar espaço para as meninas tocarem, para as bandas de garagem subirem ao palco. É isso que movimenta a cena, que fomenta a música, que nos mantém ativos e vivos”.
O Festival é um tributo ao programa de rádio "Balanço do Rock", que há mais 30 anos fomenta o gênero no Pará através da Rádio Cultura FM. Além de destacar as bandas autorais do estado, veicula também os clássicos mundiais do rock, atraindo fãs como a icônica Tia Antônia, voz da vinheta do programa: “Balanço do Rock, a mais tribal de todas as festas, aos sábados, às quatro horas da tarde".
Shows
No palco do festival aconteceu uma verdadeira maratona de rock. A banda instrumental Uru’bu acompanhada da tecladista Raquel Serruya abriu as apresentações, seguida pelo duo roqueiro Cout.
A energia continuou com o metal da banda Rhegia, depois veio a intensidade da banda Turbo, com participação especial do cantor Elder Effe. A festa continuou com a veterana Alíbi de Orfeu, que subiu ao palco com músicos da Orquestra Sustentável Percussão da Terra. Os Delinquentes encerraram a noite com riffs pesados que incendiaram o público, na companhia toda especial da cantora Sammliz.
Jaime Katarro, da banda Delinquentes, uma das mais tradicionais do estado, destacou a importância do evento. "Já tocamos inúmeras vezes no programa Balanço do Rock, mas um festival a céu aberto que junta todas as tribos é algo especial, um evento único pra nós”.
Feira Criativa
O rock paraense é uma forma de expressão que vai além da música e que transita na história do estado, dando voz também a vários comportamentos sociais. Por isso, em meio aos riffs das guitarras, uma feira criativa complementava o festival com a venda de vinil, hambúrgueres, comida regional, camisetas das bandas, tatuagens e aplicação de piercings.
"O rock determina um comportamento, na forma de vestir, no cabelo, na maneira de andar e falar. É um movimento muito comportamental, influencia profundamente a forma de ser das pessoas”, observa o empresário cultural Ná Figueiredo.
Ivan da Silva, colecionador de vinil, destacou o acesso às peças emblemáticas. "Tem uma diversidade de música em formato de vinil que a galera se apega”.
Liz Tatoo, tatuadora presente no evento, comentou que o gosto dos roqueiros é principalmente por tatuagens tribais e caveiras. "Trouxemos bastante caveira, que é o que eles gostam. Tudo no clima do festival".
Transmissão em todos os veículos
O evento também foi transmitido ao vivo pela TV, portal, rádio e aplicativo da Cultura Rede de Comunicação. "Nada mais importante que transmitir um belo festival desse para todo o estado do Pará. 108 municípios puderam acompanhar essa festa pela TV e o mundo inteiro pelo aplicativo", enfatizou Marcelo Mendes, diretor da TV Cultura.
"Realizar este festival é uma forma de reconhecer a importância do rock no Pará e do programa Balanço do Rock, que há mais de 30 anos apoia este estilo musical no estado. Para nós, é um privilégio cumprir nosso papel social como um espaço para artistas e para a cultura paraense. A Cultura está comprometida em celebrar o que tem de melhor nosso estado", afirmou Marcelo Gomes, presidente da Cultura Rede de Comunicação.
Envolvimento do público
O Festival Balanço do Rock também foi um momento para mostrar às novas gerações a emoção do rock and roll. "É um festival incrível! É para a gente sair da rotina e também é uma festa familiar. Eu consegui trazer minha filha para se divertir e conhecer esse estilo, que é novo para ela", comentou Wellington Jr., pai da pequena Sofia.
Além dos shows, também teve o sorteio de uma guitarra, em parceria com a Promusic, que contemplou a roqueira Beatriz Aviz. Animada, ela resumiu o que o rock e o evento representam para ela. “Fazia tempo que não tinha um evento no estilo tão importante aqui em Belém e eu estou muito feliz de ter ganhado a guitarra. Isso vai me possibilitar aprender algo novo, que é tocar. O rock é um movimento muito importante para a sociedade enquanto expressão de música e construção de políticas públicas contra preconceitos e discriminação", afirmou.
O Festival Balanço do Rock recriou a atmosfera dos antigos festivais e celebrou a efervescência do rock paraense. Ricardo Kizan, diretor da Rádio Cultura, concluiu: "Viva o rock'n'roll! Viva o Balanço do Rock! Vida longa ao Festival Balanço do Rock!"
