Reuniões do G20 em Belém buscam ampliar o acesso ao financiamento para transição ecológica

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Representantes de mais de 30 países participam até sexta-feira (12), em Belém, das reuniões do G20, grupo formado pelas principais economias do mundo para discutir soluções para enfrentar os efeitos das mudanças climáticas. Na capital paraense, o consenso é sobre a ampliação do acesso aos Fundos Verdes, voltados ao financiamento de projetos de transição ecológica, com justiça social e soluções de baixo impacto ambiental.

 

imagem dos representantes das vinte nações
Foto: Divulgação

 

Segundo Ivan Oliveira, coordenador do GT que integra a Trilha de Finanças, o grupo está focado na consolidação de entregas significativas aos países-membros do fórum para garantir financiamento aos projetos de transição ecológica com justiça social. A agenda de transição deve ser justa e incorporada em definitivo pelo mundo. Além de reduzir emissões de carbono, é preciso manter a floresta em pé e manter as pessoas que vivem na floresta em um processo de desenvolvimento mais integrado com a natureza, disse o economista.

De acordo com o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, a cidade tem 72% do território total submetido a alagamentos, incluindo as áreas de baixadas na parte continental e as ilhas. Mais da metade da população vive em áreas alagáveis, o que aprofunda a importância de soluções urbanísticas baseadas na natureza, disse.

O grupo é presidido atualmente pelo Brasil, que definiu as prioridades e abordagens das discussões. É a primeira que as reuniões são realizadas em várias cidades e essa descentralização buscar tornar o fórum mais acessível e representativo, estimulando turismo e intercâmbio cultural.

O encontro em Belém é uma prévia da Cúpula do G20 Brasil 2024 que acontece em novembro deste ano na cidade do Rio de Janeiro (RJ), onde será gerado um documento com alternativas para evitar que o aquecimento global do planeta seja superior a 1,5 ° C.

Além disso, a reunião do G20 na capital paraense coloca Belém como sede de importantes debates acerca do clima, já que em 2025 a cidade vai sediar a COP 30, evento da Organização das Nações Unidas (ONU), reunindo lideranças mundiais, especialistas e ativistas para discutir o futuro do planeta por meio do combate às mudanças climáticas.