Dia Mundial do Rock: as cinco melhores bandas de todos os tempos e seus discos

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Confira essa seleção genial na opinião do jornalista, radialista e apresentador dos programas “Balaio” e “Balanço do Rock”, da Rádio Cultura FM, Arthur Castro.
 

Foto Principal: Diego Padilha
Foto: Diego Padilha


Rebeldia, estilo, exaltação dos instrumentos e personalidades fortes. Todas essas características e tantas outras se aplicam ao rock. É preciso citar, também, o consenso acerca da sua importância na cena musical. Isso é tão visível, que existe até uma data específica no calendário para celebrar o gênero. Trata-se do Dia Mundial do Rock, comemorado neste sábado, 13 de julho.

Com verdadeiras lendas que se eternizaram no mundo, fica bem difícil escolher os melhores artistas dentre tantos que passaram e que até hoje seguem em evidência no cenário musical. Contudo, alguns se destacam e, nesse sentido, ouvimos a opinião do jornalista, radialista e apresentador dos programas “Balaio” e “Balanço do Rock”, da Rádio Cultura FM, Arthur Castro. Segundo ele, o “top cinco” das melhores bandas de todos os tempos e seus respectivos discos são:
 

THE SMITHS

O quarteto britânico surgido em Manchester, Inglaterra, no início dos anos 1980, trouxe mais uma das célebres parcerias geniais de compositores do rock. Assim como Lennon e McCartney, dos Beatles, e Jagger e Richard, dos Stones, os Smiths trouxeram ao mundo o vocalista e letrista Morrissey e o guitarrista e compositor Johnny Marr. Responsáveis por vários clássicos do rock oitentista, assim como do indie rock de todos os tempos, são da banda sucesso como: “Bigmouth Strikes Again”, “The Boy with the thorn in his Side” e “There is a light that never goes out”, canções do ótimo disco The Queen is Dead (1986).

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Responsável por clássicos do rock e do Indie Rock, a banda trouxe ao mundo o vocalista e letrista Morrissey e o guitarrista Johnny Marr. Foto: Reprodução


THE CURE

A banda britânica começou no cenário da música como Easy Cure, no final dos anos 1970. Era o cenário do punk rock que abrigava não apenas a fúria sonora de poucos acordes da icônica Sex Pistols, como também os grupos do emergente e instigante pós-punk, com as experimentações sonoras de bandas como Wire, Gang of Four e Echo & The Bunnymen. “O The Cure é o responsável por eu gostar das bandas denominadas como ‘góticas’ que aqui no Brasil, quando as bandas do estilo pós punk/gótico começaram a ser conhecidas e ouvidas, nos anos 80, eram chamadas de ‘dark’. Pra mim, a fase mais inventiva do The Cure vai de 1985 a 1989, quando foram lançados os discos The Head on the Door (1985), Kiss me, Kiss me, Kiss me (1987), disco que originou uma turnê que trouxe o Cure pela primeira vez ao Brasil, e Disintegration (1989), que eu me arriscaria a dizer que é o ápice criativo e estilístico da banda de Robert Smith”, disse Arthur.

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Surgida no final dos anos 1970, no cenário do punk rock, o The Cure é uma das bandas mais inventivas de todos os tempos. Foto: Vinnie Zuffante e Michael Ochs / Getty Images

 

LEGIÃO URBANA

Segundo ao Arthur, a Legião Urbana é afeto puro. Para ele as lembranças mais remotas são das capas dos discos de vinil dos seus irmãos mais velhos, encostados nas caixas de som dos aparelhos de toca discos que tinham em casa, nos anos 80 e 90. Nessa mesma época, sem internet, pelo menos até a primeira metade dos 90, quem amava música comprava disco e ouvia rádio. “A partir dos anos 90, entraram os CD´s e a MTV Brasil… Mas, antes mesmo dos 90, a Legião já estava impressa no meu gosto musical. A banda de Renato Russo, Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá, considerando também, claro, o baixista Renato Rocha, o Negrete, dos três primeiros discos, deixou, em minha opinião, três discos quase perfeitos: o álbum de estreia Legião Urbana, de 1985, o disco seguinte, Dois, de 1986, e o mais conhecido e de maior sucesso comercial, As Quatro Estações, lançado em 1989”, ressaltou ele.

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Puro afeto, o grupo tem álbuns imortalizados como “As Quatro Estações” (1989).
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SECOS E MOLHADOS

O grupo, que fez uma mistura de rock e MPB, se apresentava maquiado e esbanjando irreverência em plena época de ditadura militar no Brasil. A importância musical dos Secos e Molhados é tamanha que eles fizeram sucesso até com as crianças. “Em uma apresentação deles na TV Cultura, o grupo canta “O Vira” e é possível perceber o lúdico e o humor sagaz daquela performance, e o quanto isso também pode se comunicar com o público infantil. Para entender o fenômeno Secos e Molhados, o disco A Volta de Secos & Molhados, de 1973, é fundamental”, ressaltou Arthur Castro.

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Fazendo uma mistura de rock com MPB, os Secos e Molhados esbanjavam irreverência no Brasil, em plena ditadura militar. Foto: Divulgação

 

THE BEATLES

O quarteto de Liverpool possui uma obra tão importante que quando o assunto é os Beatles tudo ganha uma dimensão gigantesca. Na opinião do Arthur, que concorda com essa importância toda que se dá ao grupo, isso vem do fato de que no repertório da banda tudo parece chegar à perfeição. “Eu gosto demais da ingenuidade da época do ‘iê iê iê’, então, por isso, dos Beatles, escolho o disco mais ‘bobinho’, talvez, mas que, pra mim, é uma grande aula de música pop: o disco de estreia, Please Please Me, de 1963”, destacou.

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Com uma obra tão importante, é impossível não destacar Os Beatles quando o assunto é o rock. Foto: Divulgação