Diástase abdominal: saiba mais sobre os sintomas, causas e tratamentos
Uma condição que pode trazer preocupações e afetar a qualidade de vida. A diástase abdominal está relacionada à separação total ou parcial dos músculos do abdômen, o que pode causar flacidez abdominal, dor lombar no pós-parto, incontinência urinária e desconforto abdominal.
Apesar de ser uma condição que pode afetar qualquer pessoa, a diástase abdominal atinge principalmente mulheres grávidas ou no pós-parto, por conta das mudanças que ocorrem no corpo no período da gravidez.

“A diástase abdominal é quando os músculos do abdômen permanecem separados após a gravidez. Uma vida saudável, com a prática de exercícios que desenvolvam os músculos e que não haja sobrepeso são elementos que vão contribuir para melhorar o quadro”, comenta a ginecologista e obstetra Thais Cavalcante.
Mais de uma gestação em curtos intervalos de tempo, gravidez de gêmeos, gestação após os 35 anos, dar à luz a um bebê com mais de 4 kg, obesidade, alterações repentinas de peso, predisposição genética e múltiplas cirurgias no abdômen são alguns dos fatores que contribuem para o desenvolvimento da diástase.
A ginecologista relata que, na gravidez, o principal fator que causa esta separação dos músculos é o aumento de peso. O diabetes gestacional também é uma condição importante, pois pode aumentar o tamanho do bebê e, consequentemente, gerar uma carga excessiva para a gestante.
O tratamento da diástase envolve fisioterapia, exercícios e, em alguns casos, cirurgia. No caso das mulheres grávidas, a avaliação é realizada através de exame clínico e ultrassonográfico. “Assim que constatamos que a paciente está com essa diástase, ela pode ser encaminhada à fisioterapia para iniciar este processo de tratamento de forma precoce, para ter melhores resultados. Desta forma, conseguimos reduzir bastante a diástase”, explica a ginecologista.
Além disso, embora seja mais raro, a diástase abdominal também pode estar presente desde o nascimento, sendo chamada de diástase abdominal congênita, geralmente causada por nascimento prematuro, pois os músculos abdominais podem não estar completamente desenvolvidos e fechados.
Sobre o tratamento
O tratamento da diástase abdominal deve ser orientado pelo médico, varia de acordo com o grau de afastamento dos músculos abdominais e envolve fisioterapia, exercícios e, em alguns casos, cirurgia. O tempo de tratamento pode variar conforme o tamanho da diástase, já que quanto maior for o espaçamento, mais difícil é promover a união das fibras somente com exercícios ou fisioterapia. Em diástases com menos de 5 cm, a diminuição do quadro poderá ser observada em cerca de 2 a 3 meses, caso o tratamento seja realizado diariamente.