Febre oropouche: Ministério da Saúde faz alerta para casos da doença em gestantes
O Ministério da Saúde publicou um alerta sobre os riscos da febre oropouche para gestantes. A medida foi tomada após o Instituto Evandro Chagas, no Pará, detectar anticorpos do vírus em quatro casos de microcefalia em recém-nascidos e em um feto que morreu na 30ª semana de gestação.
“Significa que o vírus é passado da gestante para o feto, mas não é possível afirmar que haja relação entre a infecção e o óbito e as malformações neurológicas”, explica a nota do ministério divulgada na última quinta-feira (11).

A pasta orienta os estados e municípios a intensificarem a vigilância para a possibilidade de transmissão vertical do vírus, especialmente nos meses finais da gestação, além de monitorarem os bebês de mulheres que tiveram infecções por dengue, zika, chikungunya ou febre oropouche.
As autoridades de saúde também devem alertar a população sobre medidas de proteção a gestantes, como evitar áreas com a presença de mosquitos, instalar telas em portas e janelas, usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplicar repelente.
Febre oropouche
A febre oropouche é uma doença causada pelo vírus Orthobunyavirus oropoucheense (OROV) transmitido pelo mosquito Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora.
A infecção viral causa sintomas muito parecidos com os da dengue e da chikungunya, o que pode dificultar o diagnóstico. Os pacientes costumam relatar dor de cabeça, febre, mal-estar, fadiga, dores musculares e nas articulações, náusea e diarreia.
Casos no Brasil
Pelo menos 7.044 casos da febre oropouche foram confirmados no Brasil entre janeiro e a primeira semana de julho deste ano. Eles foram confirmados nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e Tocantins.
Com informações de Flavia Albuquerque, Agência Brasil.