Clássico da literatura nacional, “Vidas Secas” ganha nova edição
Lançamento da Global Editora, com capa de J. Borges, reafirma a importância da obra de Graciliano Ramos

Um dos maiores clássicos da literatura brasileira, o livro “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos, chega às livrarias em uma nova edição lançada pela Global Editora. Com capa ilustrada por J. Borges, o livro mantém viva uma das missões pessoas do autor: a de registrar, através da ficção, a intensidade trágica do cotidiano dos retirantes no início do século XX em busca da esperança longe da seca no nordeste brasileiro.
Obra-prima atemporal, o romance “Vidas Secas” foi publicado originalmente em 1938. Com uma abordagem crua sobre a vida no sertão nordestino do Brasil, através do olhar de uma família de retirantes, o livro é um marco não apenas do regionalismo, mas da literatura mundial.
Nesta nova edição, além de reforçar a importância de uma obra clássica que, mesmo tendo como pano de fundo um contexto específico, consegue dialogar com os dilemas ainda existentes nos dias atuais. Assim, o leitor é convidado a revisitar a saga dos personagens Fabiano, Sinhá Vitória, seus filhos e a cadela Baleia, os quais, apesar do tempo, mantêm uma conexão forte e atual com as temáticas contemporâneas.
Abordando a pobreza, a desigualdade social, a opressão e a luta pela sobrevivência em um ambiente hostil, questões ainda presentes no Brasil e em muitos outros países. O romance apresenta essas problemáticas de maneira tão pungente que é possível sentir a angústia e todo o sofrimento existentes em cada página do romance.
CAPA
A nova obra, além de preservar o texto original, apresenta uma capa icônica criada por José Francisco Borges, o J. Borges, famoso artista, xilógrafo, cordelista e poeta brasileiro, falecido no último dia 26 de julho.
Um dos mais famosos xilógrafos de Pernambuco, J. Borges trouxe para esta edição a sua habilidade única de transformar a dureza do sertão em imagens impactantes que refletem a aridez e a resiliência do povo nordestino, uma parceria perfeita entre a prosa de Graciliano Ramos e a arte da xilogravura.