No último dia 8 de maio uma artista plástica foi presa em Uberlândia (MG), acusada de perseguir seu antigo médico. A vítima já havia registrado 42 boletins de ocorrência e chegou a receber 1,3 mil mensagens e mais de 500 ligações da sua perseguidora. O caso, abordado em reportagem exibida pelo programa “Fantástico”, da Rede Globo, no último domingo (19), trouxe à tona o debate sobre o “Stalking”, termo em inglês que significa perseguição.
Esse tipo de prática teve um aumento de 75% no Brasil entre 2021 e 2022. O número de vítimas passou de 30.783 para 53.918, de acordo com os dados mais recentes do 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública.
Desde 2021 o stalking é crime no Brasil, com pena de prisão de seis meses a dois anos, além de multa. Caso o crime seja praticado contra uma criança, adolescente, idoso ou mulher, a pena é dobrada.
De acordo com a lei, é crime: perseguir alguém, reiteradamente e por qualquer meio, ameaçando-lhe a integridade física ou psicológica, restringindo-lhe a capacidade de locomoção ou, de qualquer forma, invadindo ou perturbando sua esfera de liberdade ou privacidade.
Tema de Série
O tema do stalking está sendo abordado na série “Bebê Rena”, em exibição no canal de streaming Netflix. A produção vem chamando a atenção do público e da crítica por sua trama intrigante e envolvente. A série é inspirada na história real do ator e escritor escocês, Richard Gadd, e aborda o stalking tanto pela perspectiva da vítima quanto do perseguidor.
Na série, Gadd interpreta um personagem que sofre perseguição por uma mulher mais velha, Martha (interpretada pela atriz Jessica Gunning), após se conhecerem em um pub de Londres.
