Pequenos negócios impulsionam geração de empregos no Pará

As micro e pequenas empresas (MPE) do Pará seguem como protagonistas da economia local, com saldo positivo de 16.443 empregos formais gerados no primeiro quadrimestre de 2025. Os dados são do Sebrae/PA, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), e colocam o estado na liderança na Região Norte em geração de vagas formais por esse segmento.
Somente no mês de abril, foram 5.389 novos postos de trabalho criados pelas MPEs – grupo que reúne microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP). No mesmo período, a Administração Pública teve saldo positivo de 1.080 vagas, enquanto médias e grandes empresas (MGE) apresentaram resultado negativo, com fechamento de 3.407 postos. Já empresas de outros portes registraram saldo de 463 empregos.
Serviços lideram geração de empregos no estado
Entre os setores que mais contrataram no Pará no mês de abril, o destaque vai para o setor de serviços, com 1.885 vagas criadas e saldo acumulado de 6.927 empregos no primeiro quadrimestre. O comércio aparece em segundo lugar, com 1.442 admissões em abril e saldo de 4.169. A construção civil fecha o ranking dos três setores que mais geraram empregos, com 1.072 contratações em abril e saldo positivo de 2.958 vagas no ano.
Cenário nacional também tem saldo positivo
Em nível nacional, as MPE também têm se destacado como principais geradoras de emprego. De janeiro a abril, esse grupo criou 546.833 novas vagas, o que corresponde a quase 60% do total de contratações formais no país. Em abril, o setor de serviços foi novamente o mais expressivo, com 83,8 mil novos postos, seguido pelo comércio (37,9 mil) e pela construção civil (29,2 mil).
O bom desempenho dos pequenos negócios acontece em um momento de otimismo na economia brasileira. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (PNAD) Contínua Mensal, divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira (29), o número de pessoas com carteira assinada no setor privado chegou a 39,6 milhões entre fevereiro e abril — recorde da série histórica.
A taxa de desocupação no país no trimestre foi de 6,6%, uma leve queda em comparação ao mesmo período de 2024, quando o índice era de 7,6%. A informalidade também recuou: passou de 38,3% para 37,9%, refletindo estabilidade no número de trabalhadores sem carteira e por conta própria.
Com esse panorama, o protagonismo das micro e pequenas empresas se consolida não apenas como motor da economia paraense, mas como peça-chave na retomada do crescimento econômico nacional.