Sistema Único de Saúde passa a oferecer dois novos tipos de transplantes
Os transplantes de intestino delgado e o multivisceral eram acessíveis apenas na rede privada ou em hospitais fora do Brasil e agora estão disponíveis na rede pública de saúde

O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibilizou dois novos tipos de transplantes: o de intestino delgado e o multivisceral, que envolve até oito órgãos do abdômen. São cirurgias caras, complexas e que eram acessíveis somente na rede privada ou em hospitais fora do Brasil.
Esses procedimentos são indicados a pessoas com falência intestinal ou com outras condições raras ligadas à falência do intestino e outros órgãos abdominais, como tumores e outras complicações graves, que agora terão uma importante alternativa de tratamento no Brasil.
A recomendação para a inclusão desses dois procedimentos na rede pública de saúde veio da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC). A expectativa é de que, inicialmente, sejam realizados anualmente cerca de quinze transplantes desse tipo pelo Sistema Único de Saúde.
Segundo o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Sectics), Carlos Gadelha, essa inclusão no SUS representa mais uma ação importante do sistema de saúde brasileiro para garantir o acesso a tratamentos de alta complexidade e que tragam qualidade de vida à população, especialmente em pacientes com condições raras e graves.
Referência Mundial
O Brasil é referência mundial em transplantes, ficando atrás apenas dos EUA em números absolutos. Em 2023 foram quase 30 mil procedimentos, a maioria deles pelo SUS. Os principais foram os transplantes de rins (66%), fígado (26%) e coração (4%), de acordo com dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos.
Texto elaborado com informações do Ministério da Saúde.