Vacina brasileira contra malária deve começar testes em humanos em 2025

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No Brasil, a malária é um importante problema de saúde pública na região amazônica.
 
Foto: Divulgação
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A Vivaxin, vacina brasileira contra a malária, deve começar a ser testada em humanos em 2025. Os cientistas responsáveis pelo desenvolvimento do imunizante encaminharam o pedido para a realização dos testes à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A vacina é desenvolvida pela Universidade de São Paulo (USP), em parceria com o Centro de Tecnologia de Vacinas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade de Nebraska, nos Estados Unidos.

De acordo com a coordenadora do estudo na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, Irene Soares, a Vivaxin é um produto inédito no mundo e inteiramente produzido no Brasil. Os resultados dos testes pré-clínicos do imunizante mostraram que ele induziu a produção de anticorpos em animais e não causou nenhum efeito adverso, indicando que a dose é segura, ressaltou a pesquisadora.

As vacinas existentes hoje contra a malária servem apenas para alguns países africanos com alta transmissão da doença pelo parasita Plasmodium falciparum. No Brasil, a maioria das infecções, segundo o Ministério da Saúde, se dá pelo Plasmodium vivax, outra espécie do protozoário e que não pode ser prevenido pelas vacinas atuais.

A MALÁRIA

Trata-se de uma doença infecciosa causada por um parasita transmitido pela picada do mosquito anófeles, conhecido popularmente como "muriçoca". A doença pode evoluir para forma grave e levar até à morte. Os sintomas mais comuns são febre alta, calafrios, tremores, suor e dor de cabeça.

No Brasil, a maioria dos casos de malária se concentra na região amazônica, onde a doença é um importante problema de saúde pública, concentrando 99,98% dos casos registrados no país em 2023. Em 2024, segundo o painel do Centro Nacional de Inteligência Epidemiológica (CNIE), do Ministério da Saúde, já foram registrados 117.504 diagnósticos na região.