Verão Amazônico: aves do Mangal das Garças recebem alimentos gelados para aliviar o calor

Com as altas temperaturas das últimas semanas, não só os seres humanos têm sofrido com o calor. Para os animais a sensação também não é nada boa. Um exemplo vem das aves do Parque Zoobotânico Mangal das Garças, em Belém, que estão recebendo uma alimentação inusitada inserida na dieta: picolés feitos um mix de frutas.

É que no período de estiagem os bichos tendem a ficar mais estressados, levando a problemas como a automutilação, daí a necessidade de oferecer a eles alimentos gelados para diminuir o desconforto térmico causado pelo calor.Nesse sentido, a equipe técnica do Mangal oferece às aves desde picolés feitos com frutas, como banana, milho e maçã e até mesmo ovos gelados.

A iniciativa integra o projeto de enriquecimento ambiental que introduz objetos e alimentos para proporcionar maior bem-estar aos animais. A iniciativa é realizada há quatro anos, utilizando estratégias para amenizar o estresse nos animais. Além de novas comidas, o projeto utiliza ações de estímulo da cognição, como papelão, castanhas, cortiças e pedaços de miriti, para promover a aprendizagem e até mesmo o desgaste do bico, por exemplo.

Segundo Basílio Guerreiro, biólogo do Parque, o objetivo é levar os animais a interagir e ter experiências sensoriais que os ajudem a controlar o estresse e dar vazão às habilidades naturais. Os picolés, por exemplo, ajudam a controlar o desconforto gerado pelo calor durante o verão.

As novidades na alimentação são importantes porque quando os animais não têm esse tipo de distração em momentos de estresse, principalmente as aves, eles começam a fazer a automutilação, a arrancar as penas, as garras e a ferir outras partes do corpo, acrescentou Basílio.

As atividades do projeto de enriquecimento ambiental ocorrem frequentemente no Mangal das Garças, sendo modificadas conforme o grau de estresse e adaptação dos animais.

O Parque Zoobotânico funciona de terça-feira a domingo, de 8h às 18h, com entrada gratuita.

Com informações de Beatriz Santos, Ascom OS Pará 2000.