Brasil é o país em que a população tem mais dificuldade em identificar notícias falsas, diz pesquisa

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Foto: Reprodução / Pixabay.

De acordo com os dados da pesquisa “Truth Quest”, publicada no último mês de junho pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o povo brasileiro é o que tem mais dificuldade em identificar notícias falsas.

A pesquisa foi feita em 21 países e os participantes tiveram que interagir com conteúdos verdadeiros e falsos em um ambiente digital similar ao de uma rede social. O Brasil apresentou o menor desempenho, com 54%, enquanto a Finlândia teve o melhor resultado, com 66% de acertos nas análises.

O estudo destacou, ainda, que é mais difícil distinguir notícias falsas nas redes sociais, o que pode explicar o baixo desempenho do Brasil na pesquisa. É que, na América Latina, mais de 85% dos entrevistados afirmaram buscar informações nas redes sociais com frequência. 

Em ano de eleições municipais, as sofisticações da inteligência artificial (IA) generativa na produção de texto, áudio e vídeo, aumentam a desinformação. Sobre isso, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lançou algumas regras para o uso de IA nas eleições, tais como: proibição de “deepfakes”, obrigação de aviso sobre uso de IA na propaganda eleitoral e responsabilização das plataformas que não retirarem do ar conteúdo nocivo.

Apesar das normas, o risco de se deparar com conteúdos falsos é real. Mas existem formas de identificá-los. É que apesar de, à primeira vista, os conteúdos de IA generativa parecerem autênticos, eles apresentam falhas.

Para ajudar na identificação das “Fake News”, a organização jornalística Aos Fatos reuniu uma série de orientações, como: os textos aparecem com palavras repetidas, parágrafos muito longos e citação de fontes inexistentes - por isso é bom checar todos os dados citados.

Em relação às imagens, deve-se observar se os rostos estão borrados ou com aspecto plastificado, mãos com número incorreto de dedos ou formatos estranhos e membros, como pernas, com tamanhos diferentes.

Vale lembrar que conforme as ferramentas de IA vão sendo aprimoradas, a capacidade delas em se igualar à realidade aumenta, então algumas dicas podem não ser úteis futuramente. Assim, é sempre importante checar a informação em mais de uma fonte e verificar se a informação veiculada é ou não falsa, o que pode ser feito através de agências de checagem como a Agência Lupa, a Boatos.org, além da Agência Aos Fatos, por exemplo.

Com informações da OCDE