Dia Internacional do Chocolate: Pará desponta como um dos maiores produtores de cacau no Brasil

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No estado, o cultivo do cacau alia produção à conservação ambiental por meio dos Sistemas Agroflorestais.

Foto: Pedro Guerreiro / Agência Pará.

Hoje, 7 de julho, é comemorado o Dia Internacional do Chocolate. A data celebra uma das delícias mais apreciadas em todo o mundo e que, no Pará, ganha um motivo a mais para comemorar. É que o estado vem despontando como um dos maiores produtores de cacau no Brasil a partir de investimentos do Governo na verticalização da produção e na criação de agroindústrias.

Boa parte da produção de cacau no Pará vem de pequenos agricultores e áreas antes degradadas, hoje recuperadas por meio dos Sistemas Agroflorestais (SAFs), que conciliam produção e conservação ambiental. Nesses locais os produtores são beneficiados por investimentos do Governo do Pará, por meio da Agência de Defesa Agropecuária (ADEPARÁ) e instituições parceiras, com orientação na produção e no desenvolvimento de pequenas fábricas de chocolate.

Somente na região do Rio Xingu, por exemplo, há 4 agroindústrias de chocolate beneficiadas por esses investimentos, com destaque para a cidade de Brasil Novo, onde a atividade cacaueira movimenta a economia com mais de 14 mil hectares plantados, mais de 1.400 produtores e mais de 10 mil toneladas de cacau produzidos.

No município, atualmente três chocolaterias já possuem o Selo Artesanal Vegetal para os chocolates que produzem. O registro é concedido pela ADEPARÁ a partir de normas específicas sobre a produção artesanal de chocolates e outros derivados do cacau, com foco na qualidade da matéria-prima, nos processos de produção, rotulagem e segurança alimentar.

Mesmo não sendo obrigatório, o Selo agrega valor e representa um diferencial ao chocolate produzido a partir de amêndoas selecionadas e cultivadas em sistemas agroflorestais, onde o plantio do cacau acontece de maneira consorciada com espécies florestais nativas, proporcionando sombreamento, conservação do solo e enriquecimento ambiental.

Uma das produtoras beneficiadas pelo Selo Artesanal Vegetal é Jiovana Lunelli, da chocolateria “Cacau Xingu”, em Brasil Novo. Segundo ela, a marca Cacau Xingu não é apenas um chocolate, é também história de agricultores familiares que foram desafiados a implantar uma lavoura na Amazônia, aliando produção e sustentabilidade. Nesse sentido, o apoio da ADEPARÀ e demais parceiros contribui para a valorização desse trabalho, disse Jiovana.

Com informações da Agência Pará.