Doação de órgãos: maioria das famílias no Brasil não conversa sobre o assunto
Apesar dos números de doações estarem cada vez mais altos no país, a lista de espera por um órgão continua grande.

Hoje, 27 de setembro, é celebrado o Dia Nacional da Doação de Órgãos. O Brasil é o quarto país do mundo a realizar transplantes de órgãos, com cerca de 90% dos procedimentos feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Contudo, a quantidade de doadores não supre a demanda no país.
Apesar dos números de doações estarem cada vez maiores, a lista de espera por um procedimento continua grande.
De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 43 mil brasileiros estão na lista de espera por um órgão, sendo que destes, 28 mil esperam por um transplante de córnea.
Um dos maiores entraves para a doação está na recusa familiar. Aproximadamente 50% das famílias não autorizam o procedimento após o diagnóstico de morte cerebral de um ente querido.
Segundo a coordenadora-geral do Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde, Patrícia Freire, a negativa, em muitos casos, está ligada à falta de informações sobre o processo ou até mesmo ao desconhecimento do desejo do falecido em seu um doador. Assim, conversar sobre o tema é uma forma de quebrar barreiras, fortalecer a confiança e saber do desejo de cada um, ressalta Patrícia.
No Brasil, para a realização da doação de órgãos é obrigatória a autorização dos familiares, mesmo que a pessoa tenha manifestado em vida a vontade de ser um doador.
Visando conscientizar a população e chamar a atenção para a importância da doação de órgãos, o Ministério da Saúde lançou este mês a campanha “Doação de Órgãos. Precisamos falar SIM”.
De acordo com a pasta, um único doador pode impactar positivamente a vida de até oito pessoas, podendo ser doados rins, fígado, coração, pulmões, pâncreas, intestino, córneas, valvas cardíacas, pele ossos, tendões e tecidos.
Com informações da Agência Gov.