Mercado de influenciador digital no Brasil teve crescimento de 43% em 2023

Compartilhe

A internet e as redes sociais são verdadeiras janelas que se abrem para o mundo, conectando pessoas a uma diversidade de informações e conteúdos. Enquanto o número de usuários nas redes sociais não para de crescer, a chamada “economia dos criadores” (creators economy), atrai cada vez mais interessados em obter ganhos financeiros, criando conteúdos e influenciando pessoas. É o caso dos influenciadores digitais ou criadores de conteúdo.

De acordo com um levantamento realizado em 2023 pela Nielsen e a consultoria de negócios Youpix, o Brasil aparece em alta nesse mercado. No país esse crescimento foi observado, sobretudo, entre os anos de 2020 e 2021, com um aumento de 43% e um valor de mercado estimado em 14 bilhões de dólares.

Ainda segundo a pesquisa, o país aparece como campeão mundial em número de influenciadores digitais, na categoria Instagram. São 10,5 milhões de contas, com pelo menos mil seguidores cada, em média. Nesse “ranking”, o Brasil só perde para os Estados Unidos, com 13,5 milhões de “influencers”.

Outro dado levantado mostra que 79% das pessoas entrevistadas disseram já ter comprado algo por causa dos influencers. Segundo o CEO da IWM Agency, Murilo Oliveira, isso chama a atenção para a importância da responsabilidade e da credibilidade do influenciador em relação àquilo que ele divulga.

Falta de Profissionalização

Apesar dos números em crescimento e do influenciador ser uma profissão como outra qualquer, no Brasil a função de influenciador digital ou criador de conteúdo não é reconhecida profissionalmente, não sendo regulada por qualquer legislação, existindo apenas um Projeto de Lei na Câmara dos Deputados (PL nº 4.289/2016).

Para os “influencers” ouvidos na pesquisa, 30.3% deles afirmaram que essa falta de profissionalização os impedem de investir mais no mercado de influência.

 

Mercado de influencers cresce no Brasil, mas falta profissionalização. Foto: Pexels.