Dia de conscientização alerta para o preconceito contra pessoas albinas
Hoje, 13 de junho, é celebrado também o Dia Internacional de Conscientização sobre o Albinismo. Instituída pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), a data visa incentivar o fim do preconceito contra albinos e apoiar a união das pessoas que têm essa condição genética, considerada rara.
No albinismo a pessoa apresenta a ausência total ou parcial da melanina, pigmento natural que dá cor à pele, olhos e cabelos. Ainda cercada de tabus e preconceitos, essa condição está presente em aproximadamente 21 mil brasileiros, segundo dados da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS).
De acordo com a psicóloga Natalie Schonwald, que também é pedagoga e ministra palestras sobre inclusão e diversidade, o albinismo precisa ser debatido rotineiramente e em todos os ambientes, ajudando a superar os obstáculos. A desinformação prejudica a vida das pessoas albinas e pode leva-las à exclusão social.
“Assim como ocorre com qualquer deficiência, o albinismo não é amplamente discutido na sociedade, e a falta de conhecimento é o que gera preconceito. Muitas vezes, a desinformação impede a sociedade de lidar adequadamente com indivíduos albinos. Isso pode levar crianças a enfrentar dificuldades de relacionamento, pois seus colegas podem se afastar, resultando em danos psicológicos que necessitam de cuidados”, ressaltou Natalie.

Cuidados
Embora todas as pessoas devam ter cuidados com a pele e os olhos diante da exposição aos raios solares. Em indivíduos albinos essa atenção deve ser redobrada, pois devido à falta de melanina ele enfrentam mais riscos de desenvolverem lesões, câncer de pele e queimaduras solares. Em relação aos olhos, além da fotossensibilidade, pessoas albinas têm maior probabilidade de ter astigmatismo, hipermetropia e nistagmo, que é o desenvolvimento irregular dos olhos.
Assim, é recomendado o uso de protetor solar com índice igual ou superior a 50, vestimentas com fator de proteção solar, óculos escuros e chapéus, além do acompanhamento regular de um dermatologista, disse a médica Juliana Lewi, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.