Dados do Mapbiomas mostram uma redução de 32,4% na área desmatada no país em comparação com 2023.
Cinco dos seis biomas brasileiros tiveram redução no desmatamento em 2024. A única exceção foi a Mata Atlântica, que se manteve praticamente estável em relação a 2023. Os dados são do Mapbiomas e foram divulgados durante a apresentação do Relatório Anual do Desmatamento, ocorrida nesta quarta-feira (14).
Na comparação entre os anos 2023 e 2024, o Pantanal e o Pampa foram os biomas com maior redução das áreas desmatadas, alcançando os índices de 58,6% e 42,1% respectivamente; o cerrado ficou em terceiro lugar, com 41,2%; em seguida aparecem a Amazônia e a Caatinga, com redução de 16,8% e 13,4%, respectivamente; já a Mata Atlântica registrou um crescimento de 2%.
De acordo com Tasso Azevedo, coordenador geral do Mapbiomas, um dos dados monitorados pela instituição é a perda de vegetação nativa causada por eventos climáticos. No caso da Mata Atlântica, esse foi o motivo pelo qual esse bioma não acompanhou a diminuição do desmatamento observada nos demais.
DESMATAMENTO
Ao todo, foram desmatados em 2024 no Brasil 1.242.079 hectares e houve os registros de 60.983 alertas no território nacional. Em comparação a 2023, a redução foi de 32,4% na área desmatada e 26,9% sobre os alertas de desmatamento.
Na avaliação dos pesquisadores, esse resultado pode refletir três mudanças observadas nesse período. É que nos três últimos anos foram construídos planos de enfrentamento ao desmatamento para todos os biomas, o que não havia antes. Em segundo lugar, aumentou a participação dos estados nas ações feitas pelo Ibama contra o desmatamento. O terceiro fator é a questão do crédito rural que passou a ser concedido mediante o uso de dados sobre desmatamento, disse Tasso Azevedo.
Apesar das reduções, em 2024, pelo segundo ano consecutivo, o Cerrado foi o bioma com maior registro de área desmatada no Brasil com a subtração de mais de 652 mil hectares de vegetação nativa, destacou o Mapbiomas.
Com informações da Agência Brasil.
