Redes sociais: saiba quais os efeitos nas crianças

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Foto: Reprodução / Pexels

O compartilhamento de fotos, vídeos, o contato com colegas ou familiares distantes são fatores que motivam as crianças e adolescentes a acessarem as redes sociais. Entretanto, o uso excessivo das redes sociais tem causado dependência e isolamento social em muitas crianças, além de prejudicar o sono, através da exposição excessiva à luz azul que é emitida dos computadores e smartphones.

Segundo a psicóloga infantil Daniela Barbosa, a infância tem sido prejudicada por conta deste vício em telas, que aumentam os riscos de ansiedade e depressão em crianças.

“Os conteúdos que observamos nas redes sociais podem causar um sentimento de inadequação e baixa autoestima, contribuindo para o desenvolvimento da depressão e ansiedade. A diminuição da concentração e memória também são grandes problemas gerados pelo apego das crianças às redes sociais”, constata a psicóloga infantil.

As crianças se acostumam a assistir inúmeros vídeos curtos com conteúdos distintos e, ao ficarem deslizando o dedo na tela do celular para assistirem estes vídeos de forma ininterrupta, ficam com baixa tolerância para produções audiovisuais mais longas. De acordo com Daniela Barbosa, os impactos do uso excessivo de telas são mais prejudiciais ao foco.

“O consumo de sites de conteúdo digital é muito intenso. A criança começa vendo uma coisa, depois passa a ver outra. Hoje em dia, a maioria das crianças não conseguem sequer ver um filme inteiro, porque elas não conseguem ficar concentradas assistindo do início ao fim. No meio digital, a transição de vídeos curtos é muito rápida. ”, comenta a psicóloga.

Embora também possam cair na tentação das mídias digitais, adultos tem mais facilidade em regrar as rotinas, já as crianças ficam muito mais vulneráveis.

“Hoje é muito comum ver crianças viciadas em tela, que literalmente não conseguem ficar longe de um smartphone, tablet ou computador. Isso é muito prejudicial, eles não conseguem mais viver a infância, estão presos a estas tecnologias”, explica a psicóloga infantil Daniela Barbosa.

Em 2018, foi criada a organização sem fins lucrativos Center of Humane Tecnology, nos Estados Unidos, um grupo constituído por ex-funcionários do Google, Facebook e de outras companhias de tecnologia do Vale do Silício. O grupo visa combater o vício em redes sociais, especialmente nas crianças e tem o intuito de pressionar as empresas para que possam ser mais transparentes quanto aos riscos das mídias digitais. Estes ativistas promovem tecnologia segura para crianças através de ações estratégicas em escolas e pesquisas científicas sobre o tema.

Vale ressaltar que as redes sociais não permitem que menores de 13 anos acessem as plataformas. Embora haja esta regra, muitos menores de 13 anos acessam as plataformas. Portanto, é fundamental a supervisão e o direcionamento dos pais para que os filhos não fiquem dependentes destas tecnologias digitais.